Dilma não sabe nadar

Dilma recebe o Papa Francisco no Amazonas e o leva para conhecer o famoso encontro das águas dos rios Negro e Solimões. Por um descuido, o Santo Padre cai nas águas e começa a se afogar. Em meio à apatia de todos, Dilma pula do barco, socorre o Papa e o carrega nos braços caminhando sobre a água de volta para a embarcação. Um milagre fartamente fotografado e filmado pelos jornalistas que integravam a comitiva. No dia seguinte os jornais estampavam a seguinte manchete: “Dilma não sabe nadar”.

 A anedota acima, originalmente feita para o ex-presidente Lula e que eu escutei ainda quando morava no querido Estado do Amazonas, ilustra perfeitamente a má vontade da grande mídia na divulgação dos grandes feitos realizados pelos governos Lula e Dilma. Mais que isso, satiriza com a incessante pauta negativa dos grandes meios de comunicação na cobertura do governo. A lupa seletiva dos abutres procura apenas os erros, lacunas ou imprecisões deste governo o qual eles se opõem encarniçadamente.

O último exemplo (desta vez real) que demonstra bem esse foco no negativo foi o já famoso erro do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ou seja, transformaram o dado principal, que foi a redução da miséria no Brasil, em assunto irrelevante, para dar destaque às falhas do IBGE nas contas da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).

Particularmente, também fico perplexo com institutos renomados como o IBGE e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) – que recentemente divulgou dados equivocados que apontavam respaldo popular à violência contra as mulheres – precipitarem-se na divulgação de informações oficiais sem antes checarem minuciosamente os dados.

Mas muito mais perplexo fico quando a imprensa se omite de debater a evolução do combate à miséria no país. O mundo inteiro menciona o fato de o Brasil não mais constar no sinistro Mapa da Fome, fato histórico e inédito. Mas em nosso próprio país a manchete é outra.

Importante destacar que a oposição quebrou a cara um dia antes justamente por comemorar o fato de o Brasil não ter avançado ainda mais na redução da miséria. Com a correção dos dados, não tiveram outra opção diferente que não fosse detonar o suposto sucateamento do IBGE (por ironia do destino, é justamente a turma que defende o enxugamento da máquina do Estado).

Os dados importantes são que, independente de onde vieram (IBGE, Ipea, Unesco ou ONU), o rendimento médio mensal real de todos os trabalhos aumentou e a desigualdade vem diminuindo. E como não festejar o fato de que número de brasileiros subnutridos caiu mais de 80% em 10 anos?

Somente os que torcem contra o Brasil podem ser capazes de privilegiar o erro residual do que valorizar o sucesso integral. Mas mesmo em águas revoltas, Dilma saberá nadar contra essa maré.

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