Martelos e pregos

Glenn Ficarra, cineasta e roteirista americano, cunhou uma frase: “as pessoas se dividem em dois grandes grupos, os martelos e os pregos”.

Segundo a sua tese esses grupos atuam e existem em todos os segmentos da sociedade. Nas profissões, nas ações militantes, na política, nas classes sociais. Sempre em disputa e conflito.
Segundo ele, a opção é de cada um. Ser um prego ou um martelo.

Raciocinando hipoteticamente que esta “brilhante” constatação seja verdadeira, teríamos uma forma engraçada de interpretar o mundo. A luta incessante entre essas duas concepções teriam ajudado o mundo, ou atrapalhado, a ser o que é hoje.

Imaginem em que grupo estaria Napoleão Bonaparte por exemplo. Acho que foi um “martelo” com características próprias e peculiares. D.João VI, um verdadeiro prego. Hitler um “martelo” forte e reacionário seguido por pregos competentes e não menos reacionários. Ivan o Terrível kzar russo, ao lado do Pedro, O grande, seriam, ainda sob tal entendimento “martelos” e o Rasputim, um tremendo “prego”, babaca.

Se transportarmos para o Futebol, garantindo a transversalidade intrínseca, que registra que nem sempre os “martelos” são os bons e os caras legais. E sim que existem “martelos” entre os que são bons e bem sucedidos e os pregos nos exemplos contrários.

Neste esporte então seriam martelos Sócrates, Zico, Djalminha, Zé Maria, Afonsinho, Luciano,Tita, Evair, Edmundo,Romário… Como você vê nem todos os “martelos” seriam, craques. Aliás, existiriam os craques “pregos” o que em minha opinião contemplaria o eterno divino Ademir da Guia, o craque mais prego que eu conheci.

Do mesmo jeito que os pregos no futebol, seriam, Caio Ribeiro, Casagrande,Muller, Emerson Sheik e este tal de Dudu do Palmeiras. “Pregos” bem sucedidos, com destaque na vida, mas sempre “pregos”.

Na música, alias é onde existem mais exemplos desta “categoria” o tal do Thiaguinho, um tremendo prego. Batido a exaustão pelo “martelo” global. Existem outros e muitos nesta área de pagodeiros e dos sertanejos então. Nossa, são muitos “pregos” e vários deles achando que é “martelos” o que é pior.

Mas existem, na militância política também os “pregos” os “martelos”, mas, para não fugir à analise dialética vez por outra os “pregos” e “martelos” se confundem. Ás vezes uns ocupam lugar de outros por tanto tempo que só os especialistas conseguem descobrir as diferenças.

Na verdade, se é que há alguma verdade nesta analise, é que as pessoas de bem, honestas, conscientes e combativas precisam ser “martelos”, no sentido, de lutar, se impor mais positivamente. Buscar alterar o mundo no bom sentido e assim impedir que os “pregos” continuem assumindo a dianteira. Os “pregos” hoje são ampla maioria e a luta diária para vencê-los precisa encontrar nos “martelos” uma ação coletiva, persistente e altruísta.

Iluminar o século de nossos filhos. Não a deixemos nas mãos de grandes corporações pouco amigas do nosso conhecimento.

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