O Brasil

Estamos diante de um quadro de crise geral, agravada pelas políticas recessionistas do governo Temer de ajustes fiscais, paralisia da atividade econômica, gerando até o momento 13 milhões de desempregados, empresas quebradas, desespero de famílias etc.

Tudo para trazer a inflação para “dentro da meta”, favorecer os rentistas enquanto o país avança a passos acelerados para o fundo do poço, já que ainda não chegamos lá.

Além disso o governo aumenta o sacrifício no mundo do trabalho modificando ferozmente as regras previdenciárias, aumentando a contribuição previdenciária, a idade mínima para as aposentadorias, sem falar nas iniciativas de vender empresas que representam patrimônio do Estado nacional.

Sabe-se igualmente que o objetivo é o desmantelamento do sistema público de saúde, a brutal precarização das conquistas trabalhistas adquiridas ao longo de muitas lutas, encetadas por governos nacional desenvolvimentistas cuja referência mais emblemática foi o período da revolução de 1930 com Getúlio Vargas e daí por diante.

Como afirma corretamente o empresário, escritor, analista de economia e política André Araújo, a gestão Temer sobressai pela adoção de um curso vicioso, jamais de uma estratégia econômica virtuosa.

Cuja linha assemelha-se à adotada pelos burocratas na União Europeia com trágico retrocesso econômico, social, industrial, para beneficiar a banca financeira ávida de mais lucros em época de crise.

É visão tão superada que nem os Estados Unidos continuam a adotá-la após a bancarrota do crash de 2008 que levou o mundo à pior debacle sistêmica desde a grande crise de 1929-1930. Temer além de subserviente, sua orientação é tão retrógrada que chega a ser mais realista que o rei. Só é útil ao rentismo e ponto.

A globalização que sofre a contestação efetiva em todo mundo já provou que só serve para enriquecer 1% de biliardários e levar à miséria os povos. Como se disse, é o único argumento pró globalização que resiste, noves fora a “bolha autista” e reacionária da grande mídia-empresa global associada ao Mercado.

O Brasil precisa seguir a linha da economia viva, dinâmica, produtiva, valorização do trabalho, a criatividade singular do seu povo, reconstruir a unidade social defenestrada por manobras geopolíticas desestabilizadoras, reafirmar a soberania ameaçada.

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