Com os jovens em Belém

Na capital do Pará realizou-se a Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia (SOEA) em sua 74ª versão. Ela foi organizada pelo sistema de fiscalização profissional dos engenheiros, agrônomos, geógrafos, geólogos, técnicos e tecnólogos, profissões do campo da Engenharia e reuniu mais de três mil e quinhentos profissionais de todo o país.

Nela são apresentados estudos e informações dos vários campos de atuação profissional e durante o evento as entidades representadas e os profissionais estabelecem entre si relações de aproximação e reconhecimento mútuo buscando seu fortalecimento. Este ano o espectro que assombrou a semana foi o das futuras eleições diretas para presidentes do Confea (nacional), dos CREAs (estaduais) e Mútua, além de conselheiros federais do sistema.

Constato, entristecido, assim como muitos dos participantes, que com sua grandiosidade a semana não tenha sido marcada pela preocupação central dos profissionais em resistir ao desmanche da engenharia nacional, das empresas e das escolas e às agressões às entidades de representação, sindicatos e associações.

A SOEA não se colocou a altura dos desafios e das responsabilidades da engenharia unida nesta quadra terrível da vida nacional.

Para se aquilatar o auto isolamento imposto ao sistema profissional pelo formato do evento, basta dizer que o único político (com meu conhecimento) que se fez presente foi o deputado federal Ronaldo Lessa (PDT-AL), presidente da Frente Parlamentar Mista da Engenharia, a convite da Federação Nacional dos Engenheiros e do CREA – AL.

A SOEA foi, a meu juízo, um grande um elefante sem osso; flácida, perdulária e inconsequente.
Minha alegria em Belém foi poder falar para os jovens engenheiros e estudantes de engenharia mobilizados pelos núcleos jovens de 12 estados dos sindicatos filiados à FNE. Como é praxe na semana muitas entidades aproveitam-se da presença de seus filiados para realizarem suas reuniões costumeiras.

Este foi o caso dos jovens da FNE. O balanço que realizaram constatou um crescimento exponencial da iniciativa com adesões apaixonadas e a real inserção dos jovens nas atividades dos sindicatos. A coordenadora nacional da FNE, Marcellie, demonstrou a todos que a chama sagrada da luta sindical e a responsabilidade militante dos jovens está acesa e enobrece a representação unitária dos engenheiros, garantindo-lhe futuro.

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