Furacões provocam caos nas sociedades colonizadas

A mídia internacional promove o medo junto às populações afetadas pelos furacões, reproduzem entrevistas com pessoas desesperadas, vão somando os mortos e exibindo imagens catastróficas. Os cálculos são dos mil milhões necessários para os novos investimentos. Quem morreu, morreu, coitados.

Para surpresa dos que vêm nos Estados Unidos uma nação mais rica que domina recursos e técnicas ainda inexistentes nos países sob a tutela colonialista – nas ilhas S.Martim e Barbuda, República Dominicana, Porto Rico e Haiti – assiste ao desespero das populações resolvendo por si os problemas de segurança e abastecimento enquanto as autoridades dão conselhos e tentam à última hora organizar centros de acolhimento. As imagens revelam a comercialização frenética de supermercados, as estradas repletas de foragidos, as cidades invadidas por águas e ventos destruidores que acumulam casas e carros destroçados, o preço das passagens de avião passam de centenas a milhares de dólares para escapar do Estado ameaçado. Realmente é um caos pavoroso!

O Presidente Trump repete com decisão uma dúzia de adjetivos (fantástico!!!) para elogiar os que lutam para sobreviver, como se o seu reconhecimento fosse uma espécie de proteção divina, e sua esposa, com as mangas arregaçadas e roupas desportivas, entrega pacotinhos de alimentos aos desabastecidos como prova da sua intenção democrática. O Presidente da França, Macron, com ar de urubú encharcado, faz um discurso de luto ao descobrir que as remotas ilhas das Caraíbas pertencem à nação que governa, onde a população estava a lutar sozinha sem a suposta proteção colonialista. Trump manifesta os seus sentimentos a Macron e, juntos, comparam os milhões a serem investidos para a recuperação dos equipamentos destruídos nas respectivas nações. Lamentam as mortes.

Diferente é revelado pela TV de Cuba durante os mesmos dias em que o mundo acompanha a trajetória mortífera dos tufões. Ali as autoridades informam sobre as medidas que desde o anúncio dos fenômenos foram tomadas para proteger as populações e as estruturas de produção nacional. Ao lado das autoridades que distribuem meticulosas informações indicando como agirem para garantir a segurança de todos levados para lugares de acolhimento previamente preparados e abastecidos pelas comunidades organizadas. A unidade entre populações e autoridades no enfrentamento conjunto permite maior esperança de sobrevivência que os discursos adjetivados ou chorados de governos que controlam a vida financeira das nações. O tufão torna-se conhecido através das explicações científicas e é acompanhado com interesse para incomodar menos. Não há desespero nem medo quando a população integra um plano nacional de defesa. Assim age um governo revolucionário em regime socialista.

A televisão cubana consegue dar informações científicas e técnicas, a partir das fotos da NASA sobre os olhos dos furacões, mas também mostrar os pontos geográficos a serem protegidos, as produções de energia, água, recursos naturais para a indústria, agricultura e pescas, educação e saúde, transporte, locais de proteção, e percorre todos os serviços do Estado e das comunidades que informam sobre a situação real existente e os planos de ação que integra os populares. É uma defesa conjunta, do país e do povo, dispensa falsos elogios e lágrimas de crocodilo.

O saldo deixado na Ilha Comunista pela devastação dos furacões foi causado pelas altas ondas marítimas que invadiram estradas e atingiram casas, onde os seus moradores haviam prevenido a segurança dos seus bens e de suas vidas, árvores e postes de eletricidade foram partidos pelo vento, alguns prédios antigos cujas paredes não resistiram ao ímpeto dos elementos. Não há mortes a lastimar, apenas alguns acidentes que resultaram em traumatismos logo tratados nos postos de saúde organizados em locais seguros.

Enquanto que nos Estados Unidos e nos países dependentes do sistema capitalista as pessoas correm atrás de produtos para sobreviverem enfrentando filas e preços elevados nos supermercados, cada um por si e contra o outro, em Cuba o Estado, ligado às autarquias locais e associações de moradores, preparou locais seguros, com equipes médicas e abastecimento para receber as populações das respectivas regiões. Todos se empenham na defesa nacional, ninguém pensa no lucro individual com a desgraça alheia. O caos não se instala. A solidariedade impera. Foi feito um Plano de ação administrativa com base em um Prognóstico científico desde a formação dos furacões. A ONU saudou a capacidade ímpar de Cuba na defesa da sua gente e da economia nacional.

Aliás, todos sabem que o agravamento desses fenômenos climáticos se deve ao maior aquecimento da atmosfera, à destruição da natureza no planeta. E os Estados Unidos não participam nas conferências mundiais para assumirem a sua responsabilidade e controlar o desvario das suas empresas em alcançar o maior lucro com o sacrifício dos humanos. E, depois de ter lançado as primeiras bombas atômicas sobre a população civil do Japão que perdera a guerra, agora levanta arrogantemente a cabeça do Presidente para enfrentar a ameaça do seu homônimo coreano como se a humanidade fosse secundária nesta competição irresponsável e criminosa.

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