20 artistas brasileiros para prestar atenção em 2018

Dois mil e dezoito parece que não queria chegar, mas que bom que na próxima semana já teremos um novo ciclo de esperanças para respirar.

Héloa

Na coluna desta semana, indicações de 20 artistas brasileiros de Norte a Sul do país que merecem nossa atenção no ano que começa. DJs, bandas, cantores e cantoras, homens e mulheres, compositores e intérpretes que estão redesenhando a música brasileira, com referências que vão do brega ao grime, do candomblé ao trap, do new wave ao sertanejo.

Ano que vem, tem mais Música Quente, combatendo preconceitos e mostrando uma música brasileira diversa, plural e representativa.

Desejamos um 2018 vitorioso a todos e todas!

André Prando/ES

O talentoso cantor e compositor capixaba André Prando é um artista a se prestar atenção, dono de um ótimo repertório indie pop, cheio de referências do folk e rock retrô.

Aninha Martins/PE

Cantora de vigorosa expressão, um furacão nos palcos, Aninha Martins é o principal nome feminino da recente cena Beto, com composições próprias e forte influencia dos psicodélicos setentistas. Se eu fosse tu, não ficaria sem ela em 2018.

ATR/SP

O quarteto paulista ATR traz pra 2018 uma sonoridade ainda mais eletrônica, com temperos SynthPOP e RetrôWave. A banda de música instrumental mergulha no eletrônico e ousa experimentar as texturas cada vez mais sintéticas.



Baco Exú do Blues/BA

Sujas, pesadas e cruas são as ruas que influenciam as letras do Beco Exú do Blues, que tomou de assalto as atenções no fim de de 2017, com o seu disco Esù e o mega hit “Te Amo Disgraça”. Traz um rap do gueto soteropolitano, misturando elementos do rap tradicional, e as narrativas com o clima periferia da capital baiana.

Bad$ista/SP

DJ e produtora de Itaquera, bairro periférico de São Paulo, Rafaela Andrade é sem dúvida um dos nomes a se prestar atenção em 2018. Com forte inflência da cena bass music, ela se destaca criando sonoridade bem particular com sotaque paulistano. Assina produções inéditas para artistas como Linn da Quebrada e já tem músicas suas em coletâneas importantes como do selo Enchufada.

Bel/RJ

A carioca Bel, chegou em 2017 com seu primeiro disco Quando Brinca. Multiartista que atua em diversas áreas, neste trabalho incorpora sonoridades new wave e um certo clima jazzistico. Mostra possibilidades minimalistas que resgatam timbragens oitentistas.

Bruna Mendez/GO

Cantora e compositora goiana de voz marcante e grande presença de palco, traz letras profundas e sonoridade pop rica de influências, de seu último disco “O Mesmo Mar Que Nega a Terra Cede à Sua Calma”. Chamo atenção para as canções Branquinha e Agradecer.

Consuelo/DF

A banda brasiliense Consuelo é formada por um timão de músicos experientes oriundos de outros projetos. No som da banda, dá para perceber a maturidade nas timbragens, arranjos e letras. O projeto tem à frente Claudia Deibert e, comandando a cozinha, Vavá Afiouni do Passo Largo.

Cuscubayo /RS

Juntando o folk com um sotaque latino e tendo os pampas debaixo dos pés, os caxinxes da Cuscubayo trazem um grande punhado de bons sons no bolso para descobrirmos o Sul do Brasil. Com sonoridade autêntica e batidas percussivas dançantes, a banda apresenta letras inteligentes e o resultado pop desta mistura tem a cara da Serra Gaúcha.


Héloa/SE

A pura e delicada voz de Héloa, carregada de sotaque sergipano, é uma das mais agradáveis surpresas da música do Nordeste. Dona de uma incrível força no olhar e na presença de palco, ela traz em suas interpretações o equilíbrio entre beleza e vigor.

Keila/PA

Keila Gentil é, sem dúvidas, a principal voz do eletromelody, variante mais pesada e progressiva do tencobrega. A paraense, que ficou nacionalmente conhecida cantando na banda Gang do Eletro, traz para 2018 a promessa de um projeto solo ainda mais ousado, apontando para outros beats, sem perder o treme do tecnobrega do Pará.



Larissa Luz/BA

Negra, descolonizada e empoderada, a baiana Larissa Luz, chamou muito a atenção desde que apareceu com seu disco “Território Conquistado”, que foi inclusive indicado ao Grammy. Em suas performances ao vivo, roubou a cena em festivais em todo o país. Sua música muito politizada joga na cara questões sobre empoderamento da mulher e representatividade negra. Para 2018, Larissa traz um novo disco com produção de Rafa Dias, dono dos dreads pensantes por trás do ATTOOXXA.

Luisa e os Alquimistas/RN

A cena potiguar vem surpreendendo positivamente o país, com diversos nomes interessantes, com sonoridade amadurecida e identidade própria. É o caso de Luisa e Os Alquimistas. Em cima de bases eletrônicas e com influências do dub ao tecnobrega, Luisa é uma devoradora nos palcos. Não tem quem não se contagie com a sua vibração positiva. Acompanhada de ótimos músicos da cena local, ela é uma das grandes promessas de 2018. Guardem este nome.

Luedji luna/BA

Uma das grandes novidades da cena baiana, cantora de voz doce e suave, conduz sua música numa sonoridade afro-pop, cheia de guitarras de forte influência da rumba congolesa, conectando ainda mais os elementos de uma Bahia percussiva às sutilezas da música africana de Gana e Mali. Tudo isso sem perder o forte sotaque brasileiro.

Matheus Carrilho/GO

Muso do tecnobrega na Banda Uó, o goiano Mateus Carrilho traz pra 2018, em sua carreira solo, um som ousadamente pop, cheio de misturas e referências que vão do arrocha ao Sertanejo, com assinatura do produtor Rodrigo Gorky.

Muntchako/DF

O trio brasiliense Muntchako destruiu as barreiras do que poderia se esperar de uma banda de música instrumental, com uma sonoridade vibrante, altamente pop e músicas que não deixam ninguém parado. A banda vem chamando a atenção por onde passa com um show surpreendente. Seu primeiro disco lançado no fim de 2017 tem produção de Curumim e capa do artista paraibano Shiko. Vale ouvir. E não percam um show deles, se rolar na sua quebrada.

OQuadro /BA

A Bahia vive um excelente momento. O país está conhecendo novos incríveis artistas que remodelam a cena local, na capital e no interior, em cima das mesmas referências afro-percussivas, com outros recortes e olhares. OQuadro é uma banda de rap, com quase 20 anos de carreira, que chega com um dos mais interessantes discos de 2017. Com produção de Rafa Dias, o grupo de Ilhéus toma de assalto a cena baiana com influências do grime, old school rap e, claro, da baianidade.

Romero Ferro/PE

Romero é pernambucano de Garanhuns, vem se destacando na cena da cidade em dois rumos – tanto com o seu trabalho pop, como com o resgate que faz do frevo pernambucano em seu projeto Frevália. Para 2018, Romero remonta sua identidade sonora se dedicando a conectar os synths da new wave oitentista às melodias ultra-apaixonadas dos boleros e bregas eletrônicos.


Martins/PE

Guardem o nome desse menino, Thiago Emanoel Martins, ou simplesmente MARTINS. Dono de uma linda voz e de composições extraordinárias, Martins que ja empresta seu talento a projetos como o forró na Caixa, onde cara e toca rabeca e para a banda Marsa, que é um dos principais compositores e vocais, deve trazer em 2018 álbum solo que promete muito.



Xênia França /BA-SP

Xênia França é a mais pura representação da expressão “força da natureza”. Se fosse apenas a voz ou se fosse apenas o que esta voz diz e canta, já seria suficiente para uma crítica positiva. Mas a isso se soma o que ela representa, nos palcos e na vida, para mulheres negras: seu empoderamento e orgulho. Ela ficou nacionalmente conhecida nos vocais da banda Aláfia. Mas o que sua presença de palco emana transpassa a própria canção, Xênia é necessária!

Não deixem de procurar, ouvir e conhecer também  Jojo Marontinni (Toddynho)/RJ, os gaúchos da Supervão/RS, a maravilhosa paulistana Luiza Lian/SP, o incrível baiano Giovani Cidreira e a escandalosa Orquestra Greiosa /RN.

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