Uma campanha politizada, por grandes reformas e grandes mudanças

A campanha eleitoral começou oficialmente neste domingo (6). Como se sabe, o primeiro turno das eleições será no dia 5 de outubro, quando 141,8 milhões de eleitores devem comparecer às urnas para eleger deputados estaduais e federais, senadores, governadores e o presidente da República.

Os dois principais candidatos da oposição – Aécio Neves, da coligação PSDB-DEM, e Eduardo Campos, da aliança PSB-Rede – atuaram já no primeiro dia à maneira de Camilo Zuñiga, o jogador colombiano que agrediu Neymar, tirando o craque brasileiro dos jogos finais da Copa do Mundo de futebol.

Nos eventos em que participaram, os dois representantes do consórcio oposicionista fizeram duros ataques ao governo e aos partidos da ampla coalizão eleitoral liderada pela presidenta Dilma.

O senador Aécio Neves, acompanhado do vice da chapa, Aloysio Nunes, do governador de São Paulo e candidato à reeleição, Geraldo Alckmin, e do candidato a senador por São Paulo, José Serra, todos do PSDB, mostrou o seu despreparo ao manifestar despeito pelo êxito que o país está colhendo com o certame futebolístico. Acusou o golpe ao constatar que o governo da presidenta Dilma está colhendo os bons frutos do êxito do evento, ao contrário do que pretendiam ele próprio, os partidos da sua aliança e a mídia golpista. Apostaram no fracasso da Copa e agora colhem os frutos da sua falsa escolha sob a forma de rejeição da opinião pública.

Por seu turno, Eduardo Campos segue o caminho pelo qual optou de tentar o seu credenciamento junto ao eleitorado atacando o governo e o PT. Segundo o ex-governador pernambucano, que tanto fruiu da ajuda de Lula e Dilma, o governo “não deveria nem disputar a eleição, deveria ter a humildade de dizer que fracassou”.

Aécio Neves, que desponta como a principal candidatura do consórcio oposicionista, foi “agraciado” por generosa cobertura da revista Veja que foi às bancas neste final de semana. A revista da família Civita caracterizou Dilma Rousseff como uma candidata em busca da hegemonia petista na máquina pública. Veja explicita sua preferência por Aécio Neves, e aponta Eduardo Campos como mero coadjuvante na disputa eleitoral.

Por outro lado, a campanha da presidenta pela reeleição começou em alto nível, sem aceitar provocações nem as agressões gratuitas dos adversários. Sem agenda de rua, Dilma lançou o site oficial de sua candidatura, com um vídeo em que destaca a importância da internet como ferramenta de educação, lazer e instrumento de participação popular.

A campanha da presidenta é propositiva, voltada para o debate de ideias, “em favor do Brasil e da valorização da política”. Na sua mensagem inicial, Dilma reafirmou sua disponibilidade para discutir sobre as “grandes reformas e grandes mudanças”, com a convicção de que a campanha eleitoral será politizada e constituirá “uma etapa da luta para mudar o Brasil para melhor, por um país mais justo e de oportunidade para todos”.

Nas eleições deste ano está em jogo o destino do país. O eleitorado decidirá em outubro vindouro se quer continuar percorrendo o caminho das transformações políticas e sociais, sob a liderança da presidenta Dilma, candidata à reeleição, ou se aceitará o retrocesso representado por uma das candidaturas oposicionistas. O ponto de partida para conquistar o voto popular é o debate programático de grande envergadura, em que ganha importância a defesa do legado de conquistas dos governos liderados por Lula e Dilma nos últimos 11 anos.

Os comunistas brasileiros estão totalmente engajados na campanha pela reeleição da presidenta Dilma, em todos os estados. Participarão de todas as ações da campanha e levarão ao povo as diretrizes programáticas aprovadas na convenção nacional eleitoral realizada no final de junho.