O submisso Temer quer dar 10 bilhões aos Estados Unidos

Colonial – esta é a palavra que descreve a subordinação do governo ilegítimo de Michel Temer aos interesses dos Estados Unidos.

O presidente postiço e seus auxiliares diretos (como o presidente da Petrobrás, Pedro Parente) comportam-se como se fossem representantes de um governo estrangeiro que se impõe ao Brasil e dilapida suas empresas.

É o que se pode concluir após o anúncio, feito nesta quarta-feira (3), pela direção da Petrobras, da pretensão de chegar a um acordo na justiça dos EUA em benefício de investidores estadunidenses donos de ações da petroleira brasileira.

O acordo prevê o pagamento a eles de quase R$ 10 bilhões (em números exatos, R$ 9,62 bilhões, ou US$ 2,95 bilhões), para ressarcir perdas alegadas nos tribunais dos EUA, a pretexto das revelações feitas no Brasil pela Lava Jato.

O pretexto é paralisar processos contra a empresa brasileira movidos nos EUA.

Ao anunciar o vergonhoso acordo, que prejudica a Petrobras e avilta os interesses do Brasil, Pedro Parente revela a verdadeira natureza da alegada capacitação técnica, e não política, para dirigir a estatal. Que deixa de investir no crescimento da e no fomento da economia brasileira, mas prontamente se põe de joelhos para atender aos interesses do imperialismo. E chega a se subordinar a uma autoridade estrangeira, pois o acordo depende de aprovação da Justiça dos Estados Unidos.

É um caminho de submissão e traição nacional que, como foi anunciado nesta sexta-feira (5), outra estatal – a Eletrobrás, sob ameaça de privatização – também está disposta a percorrer. O anúncio revela que a Eletrobrás assinou um contrato (que envolve R$ 42,8 milhões) com um escritório de advocacia norte-americano, para realizar um “acordo” semelhante, envolvendo processos abertos nos Estados Unidos, igualmente a pretexto de acusações de corrupção.

A submissão da presidência da Petrobras ao imperialismo foi duramente criticada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) que, em nota intitulada "Ao Deus Mercado, tudo", rejeitou o acordo por “satisfazer unicamente os interesses do capital privado e da especulação financeira”. E denunciou que a Petrobras, ao mesmo tempo em que se dispõe a pagar “fácil para o mercado americano valores questionáveis, tenta renegociar a dívida interna tributária com o governo federal”. Isto é, não quer pagar impostos que deve ao governo brasileiro, mas aceita “pagar ao mercado financeiro americano".