Ordem de prisão contra Lula é mais uma volta no parafuso do golpe

A ordem de prisão contra Lula é consequência da decisão desta madrugada (5) do Supremo Tribunal Federal (STF), que negou o habeas corpus ao ex-presidente, um atentado contra a Constituição Federal. É mais uma volta no parafuso da escalada golpista, e aprofunda as investidas contra as liberdades democráticas e os direitos individuais (civis, políticos, sociais e econômicos) que definem o Estado Democrático de Direito.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, posto sob ordem de prisão, merece a solidariedade dos democratas e progressistas. O objetivo da ação conservadora, insuflada pela mídia hegemônica, é criar uma situação na qual ele não poderá exercer seu direito político de disputar a Presidência da República, em outubro próximo.

A direita, os conservadores, capitaneados pelas chamadas “forças do mercado”, pelos representantes e ventríloquos do grande capital, não aceitam qualquer ameaça a seus interesses sobre o domínio do poder político nacional, e rejeitam qualquer candidatura presidencial que coloque em questão o ultraliberalismo que, com Michel Temer e sua súcia de golpistas, assumiu o controle da presidência da República.

Não recuam ante nenhum atentado à democracia, à Constituição, à legalidade. E usam todos os recursos econômicos, institucionais e midiáticos de que dispõem para impor ao país seus objetivos antidemocráticos, antinacionais e antipopulares. Não recuam, na defesa da ganância dos enormes ganhos do capital, em destruir o país, desmontar o Estado nacional, afrontar a soberania nacional e afundar a economia no pântano da estagnação.

O 6 a 5 desta madrugada, as ações contra a democracia, a Constituição e o Estado Democrático de Direito, a celeridade da decisão em prender Lula, aumentam a responsabilidade dos democratas, progressistas e patriotas, de todos os que defendem o Estado Democrático de Direito. Aos quais cabe se mobilizar, unidos, em defesa da legalidade democrática.

O momento exige intensa mobilização, ações e protestos nas ruas e nas redes sociais, no parlamento e em todos os espaços possíveis para expressar indispensável solidariedade a Lula, em defesa da democracia e da livre expressão do voto popular nas eleições de outubro.