Cuba, mudanças que emergem do povo

Unidade do povo e continuidade da revolução – estas são as consignas que resumem a orientação que o novo presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, seguirá. Ele tomou posse nesta quinta-feira (19), um dia antes de completar 58 anos de idade. Faz parte assim da geração dos cubanos nascidos depois da revolução vitoriosa de 1º de janeiro de 1959, tendo crescido e se formado sob os ideais socialistas cuja grande estrela foi Fidel Castro.

A Ilha passa por mudanças profundas, com uma a abertura econômica que facilita a criação de empresas privadas em alguns setores, em busca do envolvimento das energias criativas do povo cubano no esforço de desenvolver o país, aumentar a capacidade produtiva da economia e a riqueza nacional, em benefício de seu povo.

São mudanças que, envolvendo o povo cubano, aprofundam a democracia, que vai além do mero formalismo das democracias ocidentais convencionais. Em Cuba, a participação popular não se limita ao ato de depositar o voto na urna – as decisões são tomadas após intenso debate que percorre todos os escalões da sociedade, confluindo para a definição dos os cargos eletivos. Dessa maneira, a eleição de Miguel Díaz-Canel resultou de uma consulta popular com ampla e livre participação de todos.

Na mídia convencional, a mudança de governo em Cuba despertou a gana anticomunista traduzida em apostas pela transição de volta ao capitalismo e a traição ao socialismo. Que não ocorrerão.

Minha eleição “emergiu do povo”, disse Miguel Díaz-Canel no primeiro discurso como chefe de Estado. Nele, se comprometeu em “proporcionar um debate sincero” aos cubanos. “O mandato é dado pelo povo e esta legislatura é a continuidade da revolução”, disse.

Assegurou a importância da unidade dos cubanos encarada como a mais valiosa força da revolução, que não termina com seus guerrilheiros, enfatizou. “A revolução cubana segue de verde oliva para vencer todos os combates.”