Sapateiros no Rio Grande do Sul aprovam reajuste de 8,65%

Em assembleia geral, no Sindicato dos Sapateiros de Campo Bom, no Rio Grande do Sul, os trabalhadores aprovaram a proposta patronal do Dissídio 2013. O aumento será de 8,65% para quem ganha até R$ 1.200,00; e de 15,3% no piso inicial; 10% no piso a partir de um ano de trabalho. Além disso, também houve 10% de aumento no auxílio creche.

Em assembleia geral realizada no início da noite de quarta-feira (4), no Sindicato dos Sapateiros de Campo Bom, os trabalhadores aprovaram a proposta patronal do Dissídio 2013. O aumento geral será de 8,65% para quem ganha até R$ 1.200,00; reajuste de 15,3% no piso inicial; 10% no piso a partir de um ano de trabalho; e 10% de aumento no auxílio creche.

Durante a assembleia, realizada no início da noite de quarta-feira (4), o presidente do Sindicato dos Sapateiros, Vicente Selistre; o vice-presidente, Julio Lopes, e todos os demais que se pronunciaram foram unânimes em reconhecer que houve avanço nas negociações, graças à mobilização dos trabalhadores, pois na semana passada, a proposta patronal era de 7,5% de reajuste, enquanto as assembleias dos sapateiros mantinham uma pedida maior.

Funcionários da Schutz tiveram participação importante na mobilização da categoria. Na quinta-feira (29), mais de 300 trabalhadores da empresa, organizados pelo Sindicato dos Sapateiros, realizaram manifestação e caminhada reivindicando melhores índices de reajuste no Dissídio. Na sexta-feira (30), aconteceu outra assembleia na Schutz e a decisão tomada foi que a categoria aguardasse até o início da tarde de terça para avaliar a nova proposta patronal. A data base da categoria é 1º de agosto e vale destacar que em fevereiro os sapateiros receberam uma antecipação de 4%.

Na noite de quarta-feira (4), logo após a assembleia que aprovou a proposta patronal para o Dissídio 2013 dos sapateiros de Campo Bom, aconteceu a primeira reunião da comissão de funcionários da Schutz, que negociará com a empresa uma série de reivindicações específicas internas, como participação nos lucros, vale alimentação igual ou melhor que da matriz (Arezzo), negociação das duas tardes de paralisação e domingo, entre outras.

Vicente Selistre, Julio Lopes e Tiago Souza da Silva participaram da reunião representando a direção do Sindicato dos Sapateiros e enfatizaram que a formação da comissão pode ser um marco na história dos trabalhadores campo-bonenses e da região, pois em nenhuma outra empresa há um grupo organizado para defender, dentro da fábrica, os interesses da categoria. O Sindicato dos Sapateiros deverá agendar um primeiro encontro da comissão com a direção da Schutz.

Fonte: CTB-RS