Observadores chegam a Caracas para acompanhar eleições municipais

A presidenta do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, Tibisay Lucena, agradeceu os acompanhantes internacionais que estarão presentes nas eleições municipais que serão realizadas no país no domingo (8).

No total, 50 acompanhantes, principalmente da América Latina acompanharão o pleito que definirá 2.792 cargos, sendo 337 prefeitos e 2.455 vereadores. Ao todo 16.880 pessoas concorrem aos cargos.

Leia também:
Plano Pátria: Maduro recebe "testamento" escrito por Chávez

O governo decretou o dia 8 de dezembro como o “Dia da Lealdade e do Amor ao Comandante Chávez”, o decreto de número 541 foi publicado no Diário Oficial venezuelano, para “exortar o povo a honrar a herança do comandante supremo Hugo Chávez”.

A oposição também luta para conquistar mais prefeituras que o chavismo e assim fazer destas eleições um plebiscito de aprovação do governo de Maduro.

Em artigo publicado na Alai e reproduzido no Portal Vermelho, o cientista Político pela Universidade de Buenos Aires e pesquisador, Juan Manuel Karg, avaliou que será “uma nova medição de forças de dois modelos antagônicos – para além do ‘verniz’ progressista-discursivo de Capriles. Segundo os dados mais recentes da consultora ICS (International Consulting Services), os candidatos da coalização governista Gran Polo Patriótico estarão disputando – e com boas chances – as principais prefeituras”.

O pesquisador avaliou ainda que “mesmo sendo eleições municipais, terão seu desenlace observado minuciosamente por analistas internacionais e pelos meios de comunicação de massa, que buscarão constatar – como já tentaram em ocasiões anteriores – o ‘início do fim’ do chavismo, com a intenção de promover em um futuro próximo a revogação do mandato de Maduro. Por outro lado, as forças progressistas – e revolucionárias – do mundo estarão atentas também ao processo: apesar de que não ‘está em jogo’ a sobrevivência de um dos projetos de mudança social mais importantes em uma escala mundial, o 8D servirá como ‘termômetro’. Indicará perigos e oportunidades, e servirá para medir o primeiro ano sem Chávez da Revolução Bolivariana”.

Com informações da TeleSUR