Artigo: Ao Camarada Ernesto Che Guevara (1928-1967)

No dia 8 de outubro deste ano completa 40 anos do assassinato de Ernesto Che Guevara, figura lendária da historia universal. O maior ícone revolucionário do século XX, um dos maiores em todos os tempos. Nascido na Argentina em 14 de junho de 1928 foi a

Após ter sido um dos lideres mais respeitado da Revolução Cubana, Che transformou-se em um soldado do mundo, um amante da paz, uma personalidades forte, uma lenda na memória dos povos oprimidos.


 


 


Assassinado na Bolívia, no dia 08 de outubro de 1967, pelos agentes da CIA, Che, virou mártir, transformou-se em bandeira de luta da juventude, a sua imagem em cartazes, camisetas e bandeiras está presente em todos os recantos do todo mundo. Amado pelos que acredita na paz e na convivência pacífica entre os homens e as nações, o seu nome virou sinônimo de luta revolucionaria sua presença na luta dos povos subdesenvolvidos é uma prova contundente do seu compromisso com a humanidade.


 


 


Quando estive em Cuba, dezembro de 1988, pude observar de perto o carinho do povo cubano por esse argentino que se juntou a um grupo de idealistas, na cidade do México, com o objetivo de fazer uma revolução e livrar um país, que não era o seu, do julgo de um ditador a serviço dos interesses ianques. Che é adorado em Cuba.


 


 


Cuba era considerada um cassino, um prostíbulo para americanos se divertirem. Foram os barbudos, comandados por Fidel ao lado de figuras como Che, Raul e Camilo, que a partir da Sierra Maestra fizeram uma revolução libertando a pequena ilha caribenha, país que se tornou símbolo de resistência dos povos periféricos na luta contra a força predadora do imperialismo e do neocolonialismo em todo o mundo.


 


 


Recentemente assistir o filme de Walter Sales Jr., Diário de Motociclista, que conta à história da lendária viagem feita por Ernesto Guevara e Alberto Granado, em 1952, de motocicleta, uma velha Norton 500, ano 1939, apelidada carinhosamente de “La Poderosa”, partindo de Buenos Aires tendo como destino à península de Guajira, na Venezuela. Nesta película você entende o porquê da veia revolucionária desse jovem médico argentino, inquieto e indignado com a miséria e com a injustiça em todo o mundo. O filme mostra um jovem que estava cursando o terceiro ano de medicina, se especializando no estudo da lepra e da asma, em uma aventura com um amigo, superando os maiores obstáculos para conhecer a América Latina e trabalhar no Leprosário de San Pablo, na Amazônia peruana. Essa viagem despertou em Che o humanismo que vai marcar a sua trajetória revolucionária, uma dedicação fiel aos princípios revolucionários de libertação dos povos em todo o mundo.


 


 


Che transformou-se na personalidade política mais carismática do Século XX e um dos ativistas mais importantes desse século. O seu pensamento ficou registrado através dos seus escritos, hoje, publicado em todo o mundo, usado de todas as formas, frases como, “É preciso endurecer, mas, perder a ternura, jamais”; “Deixe-me dizer, com o risco de parecer ridículo, que o verdadeiro revolucionário é feito de grandes sentimentos de amor”; “O importante não é justificar o erro, mais impedir que ele se repita”; “É preciso lutar todos os dias para que esse amor à humanidade viva se transforme em fatos concretos, em atos que sirvam de exemplo, de mobilização”; “O comunismo é uma meta da humanidade que se alcança conscientemente”.


 


 


Che está presente na memória dos amantes da paz e da justiça, faz parte da galeria dos grandes personagens da humanidade. Ele tinha como sentido de vida, o amor ao próximo dentro de uma visão marxista.  Ético, coerente com suas idéias, exemplo de prática revolucionária, sacrificando a sua própria vida na defesa do seu ideário. Os seus escritos devem ser lidos por todos, principalmente pela juventude.


 


 


Fidel lembrar, “Não basta trazer o Che na camiseta, é preciso saber quem ele foi conhecer sua vida e sua obra, suas ações, seguir-lo como exemplo”. Ernesto Che Guevara permanecerá vivo, suas idéias e o seu exemplo estarão sempre presentes na memória e no coração dos que lutam por um mundo de Paz e Justiça Social.


 


 


 


Antonio Capistrano é dirigente do PCdoB/RN.