Dilma reage a Marina: A homofobia é uma ofensa ao Brasil  

Logo após o fim do debate com os candidatos à Presidência da República realizado nesta segunda-feira (1º/9) e transmitido pelo SBT, a presidenta Dilma declarou ser contra a homofobia.

Dilma e Marina

Dilma se posicionou contra a violência de que a população LGBT é vítima no Brasil e a favor dos direitos humanos. “Eu sou contra qualquer forma de violência contra pessoas. No caso especifico da homofobia, eu acho que é uma ofensa ao Brasil. Então, fico triste de ver que temos grandes índices [de violência] atingindo essa população”.

O ponto mais importante da declaração da presidenta Dilma foi sua opinião sobre a criminalização da homofobia. “Acho que a gente tem que criminalizar a homofobia, que não é algo com o que a gente pode conviver”, ressaltou.

A opinião de Dilma contrasta com a da candidata Marina Silva, marcada pela visão fundamentalista de igrejas evangélicas, claramente homofóbicas.

Marina perde apoio do movimento LGBT

O coordenador do núcleo LGBT da campanha do PSB, Luciano de Freitas, deixou o posto devido às opiniões da candidata. A saída do dirigente é a terceira baixa da campanha desde que Marina assumiu a cabeça da chapa.

À imprensa, Freitas disse que já havia feito ressalvas sobre o assunto na reunião da Executiva que selou a candidatura de Marina. Na ocasião, o dirigente disse temer que a “nova” candidata não seguisse o programa aprovado anteriormente pelo partido, quando ainda estava sob a liderança de Eduardo Campos, morto no dia 13 de agosto.

Projeto no Congresso

O projeto que torna crime a homofobia (PLC 122/06) está em tramitação no Senado desde 2006, mas por pressão da bancada evangélica não consegue avançar. Entretanto, o projeto tem apoio de importantes juristas que já o consideraram constitucional e ao mesmo tempo conta com o respaldo da sociedade que não tolera a violência motivada pela orientação sexual e pela identidade de gênero. Para muitos especialistas, a aprovação imediata de alguma legislação específica para a criminalização da homofobia é apontada como "urgentemente necessária” no país.

Da redação do Vermelho