Alfabetização cubana já beneficiou 10 milhões de pessoas pelo mundo

O programa de alfabetização cubana Yo Sí Puedo já ajudou mais de 10 milhões de pessoas a aprender ler e escrever em 130 países. Criado em 2002, o projeto consiste em um método de aplicação rápida de lições de aprendizado para alfabetizar adultos.

Yo si puedo - Divulgação

Segundo a subdiretora do Instituto Pedagógico Latino-americano e Caribenho (Iplac), Liset Valdés, até o início de 2016 este número vai aumentar consideravelmente, porque ainda este ano 765 mil pessoas que estão em aulas irão se graduar.

O método educativo que já chegou em 130 é aplicado gratuitamente por educadores cubanos que trabalham principalmente em zonas rurais para combater o analfabetismo.

Liset destacou como foi satisfatória a experiência de aplicar o programa nas zonas de mineração do Peru, onde a maior parte da população adulta nunca tinha sequer entrado em uma escola.

Outra região onde o programa foi fundamental é Wanda, na província de Missiones, na Argentina. Depois que os adultos da região foram atendidos pelo Yo Sí Puedo, o município foi considerado livre do analfabetismo. Por conta disso, cerca de 300 pessoas, todas muito humildes, fizeram questão de agradecer a Cuba e ao ex-presidente Fidel Castro pela oportunidade de aprender a ler, escrever e questionar.

Em 2012 a Espanha solicitou a ajuda dos educadores cubanos para alfabetizar a população humilde das zonas rurais, foi a primeira aplicação do método na Europa. A equipe do programa também já atendeu povos originários do Canadá, Austrália e Nova Zelândia.

Yo Sí Puedo

O programa, que em português poderia ter seu nome traduzido para Eu sim posso, foi criado pela pedagoga Leonela Relys a pedido do ex-presidente de Cuba, Fidel Castro. O conteúdo foi adaptado para inglês e português, alé de dialetos quéchua, aymara, guaraní, creole, wahili e tetún. Em breve será implementado também em francês.

O método já foi aplicado com êxito em 130 países, entre eles Argentina, Venezuela, México , Equador, Bolívia, Guatemala, Nicarágua, Haiti, Colômbia, Guiné-Bissau, Moçambique e África do Sul.