Deputado espera que Senado rejeite projeto de terceirização 

Atualmente, a legislação brasileira só permite a contratação de mão de obra terceirizada em atividades-meio, como limpeza e segurança. O projeto de lei aprovado pela Câmara, que possibilita contratar mão de obra terceirizada em todos os setores da empresa, está em análise no Senado. Os deputados que votaram contra a proposta esperam que o Senado reverta a situação, impedindo a precarização nas relações de trabalho.

Deputado espera que Senado rejeite projeto de terceirização

Durante a discussão do projeto na Câmara, o deputado Wadson Ribeiro (PCdoB-MG), a exemplo de toda a bancada do Partido na Câmara, se posicionou contrário ao projeto e votou contra a proposta. A expectativa é de que o Senado consiga reverter a situação.

Wadson Ribeiro afirmou, em discurso na Câmara, durante o debate do projeto, que “o Brasil precisa cada vez mais para otimizar a sua economia, para retomar o seu desenvolvimento econômico, não é trazer precariedade aos direitos trabalhistas. Pelo contrário, precisa encarar o problema da nossa infraestrutura, das nossas rodovias e dos nossos portos, interligar o Brasil”.

Para o parlamentar, existem outras propostas que são prioridade para o país prosseguir com o seu desenvolvimento, citando como exemplo uma reforma tributária progressista e a taxação das grandes fortunas.

“Precisamos de uma agenda que dê ao Brasil condições de voltar a crescer em patamares mais avançados. Mas nós assistimos, ao contrário disso, o ajuste penalizando os trabalhadores brasileiros”, destaca Wadson.

E enfatiza: “Esse PL, a pretexto da modernidade, a pretexto da sofisticação das relações de trabalho, a pretexto de tornar a nossa economia mais dinâmica, traz precariedade aos direitos fundamentais dos trabalhadores brasileiros”, afirmou, manifestando desejo de que o Senado possa reverter aspectos negativos aos trabalhadores no projeto de terceirização.

“O Brasil, nessa última década, viveu um período de grande prosperidade; um período em que mais de 20 milhões de brasileiros saíram da linha da miséria; um período em que a nossa juventude teve acesso à universidade; um período em que nós conseguimos enfrentar os verdadeiros gargalos da nossa história e do nosso passo civilizacional. Esse período não poderia ter sido interrompido ou ter sofrido um revés, como ocorreu com a aprovação do PL 4.330/04”, disse o deputado sobre a aprovação da proposta na Câmara, no ano passado.