Trabalhadores argentinos fazem greve contra o aumento de tarifas

O líder da Centra dos Trabalhadores da Argentina Autônoma (CTA), Pablo Micheli, convocou para esta quarta-feira (29) uma manifestação nacional contra a onda de aumentos abusivos das tarifas básicas impulsionada pelo governo de Mauricio Macri.

Manifestação de trabalhadores argentinos - Telesur

Para Pablo, os aumentos das tarifas são “impossíveis”. Logo, a manifestação nacional é uma “resposta necessária” contra o “abuso” do governo neoliberal de Macri.

Segundo a CTA, os “tarifaços” – assim são chamados os aumentos – variam entre 300% a 2.000% nos serviços públicos, depende da região do país. “Por isso hoje estamos em uma situação inédita que vai se agravar no próximo mês, quando chegam todas as faturas com todos os aumentos plenos. Os usuários não poderão pagar todo este combo de aumentos decretados e a situação será mais crítica”, anunciou Michelli.

Michelli convoca a manifestação para Buenos Aires, capital do país, mas afirma que outros protestos serão realizados em outras regiões também. “A energia é um bem social e um direito humano. A convocatória é plural, acontece em todas as províncias [estados] do país porque também tiveram aumento”, garantiu.

Logo que assumiu a presidência, há seis meses, a primeira medida de Macri foi anunciar aumentos exorbitantes nas tarifas de serviços básicos. A energia elétrica, por exemplo, aumentou até 500% em alguns casos. Os combustíveis já tiveram três aumentos de cerca de 30% só neste período.

Alimentos e produtos básicos sofreram reajustes de mais de 30%. O poder de compra do trabalhador que recebe um salário mínimo já caiu consideravelmente e os mais pobres são fortemente atingidos pelas mudanças.