México prepara a festa do “Dia de Los Muertos”

Se no Brasil 31 de novembro é o “Dia do Saci” – ou pelo menos deveria ser, e não Halloween – no México a festa das lendas é no dia seguinte. Para o povo mexicano, nos dias 1 e 2 de novembro a morte não está relacionada à perda, tristeza ou obscuridade, mas sim à festa. É quando se celebra o “Dia de Los Muertos” (Dia dos Mortos), que na crença popular, os mortos voltam ao mundo para se reencontrar com seus entes queridos.

Dia de Los Muertos - Efe

Durante as festividades a população enfeita os cemitérios com flores, música, colares coloridos e as famílias visitam os túmulos de seus familiares. A festa acontece porque, segundo a crença popular, os mortos recebem permissão para se reunir novamente com a família uma vez por ano.

Seguindo a tradição, as famílias mexicanas aproveitam para enfeitar os túmulos com caveiras cheias de adornos e fazer oferenda aos mortos com bebidas, comidas, flores e velas. Além das festividades nos cemitérios, museus, escolas, universidades e centros culturais também montam altares para oferecer prendas.

Nestes dias o México se torna um grande cenário de festa cheio de cores, músicas e aromas. Em meio a estas cerimônias as famílias celebram a memória dos que se foram.

Para a diretora do Museu Dolores Olmedo, Josefina García, as tradições que se celebram no México são importantes, mas a celebração do Dia dos Mortos é a que define a identidade do país em muitos sentidos porque não há outro lugar no mundo que “se vive a morte como fazem os mexicanos, com uma grande festa”.

Na capital do país, Cidade do México, e em outras grandes cidades, acontecem desfiles de rua, como se fosse uma espécie de Carnaval do Brasil. Em 2003 a celebração foi declarada pelo Unesco “Patrimônio da Humanidade”.