Petroleiros mantêm mobilização em defesa dos direitos

Além de protestar contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 55 que congela por 20 anos recursos da Educação e Saúde, a categoria tem denunciado o Projeto de Lei 4567/16, que tira a exclusividade da exploração do Pré-Sal da Petrobras, e que vai à sançaõ presidencial. Em diversos estados do país os petroleiros reforçaram o Dia Nacional de Paralisações e Greves, que mobilizou mais de uma dezena de  trabalhadores no território nacional na sexta-feira (11).

Petroleiros do Rio Grande do Norte protestos contra medidas de Temer - CTB

"As lutas dos petroleiros sempre se entrelaçaram com a defesa da soberania nacional e não será um governo ilegítimo que nos intimidará. As paralisações de hoje (sexta), acompanhando a agenda nacional, são mais uma demonstração disso", afirmou o dirigente da CTB Divanilton Pereira, petroleiro e secretário da pasta de relações internacionais da central.

Na próxima quinta-feira (17) haverá a retomada das negociações com a Petrobras sobre o Termo Aditivo do Acordo Coletivo de Trabalho. A última proposta da empresa foi rejeitada por 95% dos trabalhadores reunidos em assembleias pelo Brasil. 

Protestos de Norte a Sul

No Rio Grande do Norte, houve paralisação de 24 horas na unidade operacional do Polo de Guamaré, da refinaria Clara Camarão, e também na unidade terrestre do Alto do Rodrigues. Na liderança do movimento, o Sindicato dos Petroleiros do RN, filiado à CTB e presidido por José Araújo.

No Amazonas, o ato ocorreu em frente à Refinaria de Manaus, e reuniu cerca de 400 pessoas. Houve atraso de duas horas na entrada para o turno da manhã. No Paraná, houve um atraso e paralisação das 6h às 8h30 da manhã, na REPAR e na FAFEN-PR. A manifestação foi do conjunto Sindipetro PR/SC, Sindiquímica PR, e Sindmont.

No norte fluminense, petroleiros, estudantes e trabalhadores rurais sem terra realizaram protesto na rodovia Amaral Peixoto, em Macaé, próximo à base do Parque de Tubos, da Petrobrás. A estrada foi interditada nos dois sentidos por volta das 6h. Os militantes incendiaram pneus, ergueram faixas e fazem discursos sobre as pautas do movimento, contra o corte de direitos, o desmonte da Petrobrás e a entrega do Pré Sal.

Na Bahia, a mobilização começou cedo nas rodovias, com paralisações e protestos na BR 324 (6 pontos), BR 101 (7 pontos), BR 242 (3 pontos), BR 030 (2 pontos), BA 093 Industrial (9 pontos), BA 001 (1 ponto), BA 142 (5 pontos) e BA 407 (3 pontos). Em Salvador, os trabalhadores e representantes de movimentos sociais se concentraram, às 7h, em frente ao shopping da Bahia, no Iguatemi, onde também se manifestaram.

Nos sindicatos unificados de São Paulo, ocorreu atraso na Replan, reunindo cerca de 700 trabalhadores, próprios e terceirizados. Na Recap, localizada em Mauá, também houve atraso de três horas. No terminal São Caetano do Sul, a adesão foi de mais de 90% dos funcionários e terceirizados, em luta por uma proposta digna de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), e pela preservação da empresa.

Os demais sindicatos filiados à FUP, Sindipetro Minas Gerais, Espírito Santo, Ceará/Piauí, Rio Grande do Sul e Pernambuco/Paraíba também participaram da sexta-feira de luta, com expressivas manifestações. Toda a categoria em defesa da Petrobrás, no combate ao golpe de Estado, ao congelamento de investimentos sociais, dentre outras bandeiras.