Novas sanções prejudicam mais economia dos EUA do que a russa

As novas sanções norte-americanas contra a Rússia, propostas no projeto de lei de dez senadores, conseguirão prejudicar ainda mais os investidores norte-americanos que o mercado russo, porque o último conseguirá encontrar substituição de forma rápida, pensa o especialista russo Nikita Maslennikov.

Putin e Obama - Voz da Rússia

"A iniciativa dos senadores pode se torna um choque não para os interesses russos, mas para as empresas de investimentos norte-americanas. Em substituição dos norte-americanos surgirão os europeus, empresas asiáticas, empresas dos outros países. <…>", disse Maslennikov.

Entretanto, segundo o especialista, o destino do projeto de lei não está claro, porque é necessário esperar até que o presidente eleito norte-americano Donald Trump se pronuncie na sua coletiva de imprensa.

Quanto aos limites de compra de obrigações da dívida soberana da Rússia, Maslennikov destacou que "esta tentativa de atacar as euro-obrigações é uma tentativa demonstrativa de atacar a atratividade da Rússia aos olhos dos investidores estrangeiros". "É difícil dizer até que ponto será possível realizar a iniciativa dos senadores <…>. Vimos que desde meados do ano passado o apetite pelos riscos dos ativos russos cresceu continuamente. <…> As sanções não abrangeram as euro-obrigações antigas, já emitidas, com efeito agora as intenções se alteraram, mas penso que o mercado de investimentos é muito flexível e os investidores conseguirão encontrar uma forma de trabalhar com ativos russos e poderá não ser causado qualquer dano sério", disse.

Segundo ele, no total esta iniciativa das sanções prejudica tanto a economia russa, como a dos EUA, mas isso acontecerá não por causa das próprias sanções, mas por causa da ressonância política. Mais cedo, dez senadores dos EUA propuseram um projeto de lei sobre endurecimento de sanções em relação à Rússia. Em particular, elas abrangerão a área energética e os que participam da privatização de ativos russos e estão envolvidos na compra de dívida soberana da Rússia. A lei tem de ser aprovada por ambas as câmaras do parlamento e assinada pelo presidente.