Metroviários de SP fazem greve de 24h contra a reforma da Previdência

Em assembleia, realizada na noite desta terça-feira (14), os metroviários e metroviárias de São Paulo confirmaram a greve de 24 horas nesta quarta-feira (14), Dia Nacional de Paralisação contra a Reforma da Previdência, um movimento de resistência à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 287/2016. A greve teve início a partir de 0h e tem adesão de 90% da categoria.

metroviários 15.03.17 - Foto: CTB

Com a decisão, os metroviários se unem à diversas categorias que vão parar o país contra as reformas previdenciária e trabalhista apresentadas pelo governo Temer, que promovem um ataque sem precedentes aos direitos do conjunto da classe trabalhadora, como alerta o secretário-geral da CTB, Wagner Gomes. "Nada até hoje foi capaz de afetar de forma tão radical a vida dos trabalhadores e trabalhadoras que estão na ativa como esse projeto do governo", disse.

Os metroviários e metroviárias de São Paulo pararam suas atividades nesta madrugada de quarta-feira (15). De acordo com informações, mais de 90% da categoria está parada e quatro linhas do Metrô não abriram suas catracas (Linha 1 Azul, Jabaquara-Tucuruvi; Linha 2 Verde, Ana Rosa-Vila Madalena; Linha 3 Vermelha, Barra Funda-Itaquera; e a Linha 5 Lilás, Largo 13-Capão Redondo).

"A adesão da categoria foi massiva categoria. Os metroviários e metroviárias de São Paulo estão dando a sua contribuição na luta em defesa dos direitos e dos rumos do nosso país", afirmou o coordenador geral do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Wagner Fajardo, direto da Estação de Metrô Jabaquara.

Ele ainda destacou que a categoria mostra seu entendimento da agenda proposta pelo governo de plantão. "Hoje, será apenas o início do enfretamento da agenda regressiva proposta por Temer. A luta segue", completou.

Na mesma linha, o direitor do Sindicato dos Metroviários, Flávio Godoi, que está na Estação Itaquera, confirma que "mais de 90% da categoria aderiu à paralisação nestas primeiras horas". Ele também afirma que "a forte adesão dos metroviários e metroviárias de São Paulo comprova a consciência que nossa base tem do que representam as reformas da gestão Temer para a classe trabalhadora", explicou. E acrescentou: "As paralisações são apenas o começo de uma ampla jornada em defesa de nossos direitos. A classe trabalhadora sabe o que está em jogo".

Em São Paulo, também aderiram ao movimento grevista motoristas e cobradores, metalúrgicos, químicos, trabalhadores da sabesp, eletricitários, correios, professores estaduais e municipais, bancários, servidores federais, trabalhadores do judiciário federal, além de outros. A Linha 4-Amarela e CPTM operam normalmente. Motoristas paralisarão suas atividades até às 8 horas da manhã.

Além disso, haverá vários trancaços em rodovias e avenidas na capital e grande São Paulo


Estação Itaquera do metro de São Paulo está fechada desde 0h