Luciana Santos debate sobre a Frente Ampla com o PCdoB-RJ 

Neste sábado (6), a presidenta do PCdoB Lucana Santos reuniu-se com militantes e dirigentes do partido no Rio de Janeiro para debater sobre a conjuntura nacional e a resolução “Frente Ampla para combater o governo e apontar saídas para o Brasil”, aprovada  pelo Comitê Central em reunião realizada no início de abril.

Luciana Santos RJ - Foto: PCdoB-RJ

Estiveram presentes, ao lado da presidenta Luciana Santos (que fez a exposição principal), o presidente estadual do PCdoB, João Batista Lemos; a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB); a deputada estadual, Enfermeira Rejane (PCdoB); a vereadora comunista de Mesquita, Cris Gêmeas (representando a bancada de vereadores do PCdoB no estado); além do anfitrião da atividade, Márcio Ayer, presidente do Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro.

Também compareceram ao ato, Leonardo Giordano, vereador de Niterói; Camu, vereador em Nova Iguaçu, e Wendel, vereador em Duque de Caxias. Bem como, o presidente estadual da CTB, Ronaldo Leite; o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Jesus Cardoso; o presidente da UJS-RJ, Igor Mayworm; além de mais de uma centena de militantes e lideranças de várias frentes de luta de quase 20 municípios do estado do Rio de Janeiro.

Conjuntura nacional e internacional

Luciana Santos iniciou sua fala abordando a conjuntura internacional, falando sobre a instabilidade do cenário e o acirramento da crise capitalista e da agressividade do imperialismo no mundo, especialmente na América Latina, onde há uma guinada na correlação de forças contrária às forças democráticas e revolucionárias, sobretudo, a partir da derrota eleitoral na Argentina e do golpe perpetrado no Brasil.

A líder comunista, também salientou que no Brasil há uma situação de ataque aos diretos sociais e trabalhistas. Luciana ressaltou o grave retrocesso que as reformas da previdência e trabalhistas acarretarão aos trabalhadores, trabalhadoras, estudantes e aposentados brasileiros; que serão amplamente prejudicados por medidas que só interessam aos rentistas e aos grandes operadores do sistema financeiro.

Luciana ainda afirmou que o governo golpista pretende desnacionalizar as riquezas e o patrimônio brasileiros, boicotar as grandes empresas brasileiras e o desenvolvimento nacional. E atacar ainda mais a democracia com um reforma política restritiva e anti-democrática que pretende excluir do parlamento brasileiro legendas ideológicas e populares como o PCdoB e outras organizações de esquerda.

A presidenta do PCdoB reforçou que o Partido está unido e mobilizado em defesa de seus dirigentes atacados por veículos da grande mídia e pela criminalização da política praticada por setores do aparato policial-judiciário. Segundo Luciana Santos: “O PCdoB tem plena confiança na honestidade de seus quadros. São atacados exatamente pelo importante papel político que jogam na resistência democrática.”

Greve Geral e marco na luta contra o golpismo

A presidenta Luciana Santos parabenizou a militância do PCdoB, seus dirigentes, sindicalistas, jovens e militantes dos movimentos sociais pelos inúmeros atos de disciplina, combatividade e coragem demonstrados no dia 28 de abril e na preparação deste. Foram vários piquetes, trancaços em garagens de ônibus, interdições de vias, manifestações sempre pacíficas e democráticas, porém enérgicas e de grande impacto no cotidiano das cidades, provocando um diálogo massivo com a população trabalhadora sobre os perigos que representam as reformas da previdência e trabalhistas defendidas pelo governo Temer. De acordo com a líder dos comunistas: “cerca de 40 milhões de trabalhadores e trabalhadoras pararam e se manifestaram em defesa de seus direitos e contra o governo que solapou a democracia no Brasil”.

Por fim, Luciana Santos convocou a militância a ampliar as mobilizações em defesa dos direitos dos trabalhadores, da soberania nacional e da democracia. E desafiou o PCdoB a cr

escer suas fileiras, filiar mais trabalhadoras e trabalhadores, e organizar decididamente o Partido em bases para construirmos um PCdoB cada vez mais forte e à altura dos desafios que virão.

Após a fala da Luciana, o presidente estadual do PCdoB, João Batista Lemos, cumprimentou todamilitância e leu a resolução política aprovada na reunião do último Comitê Estadual do PCdoB: “Construir a Frente Ampla no Brasil e um grande campo progressista no Rio de Janeiro”, conclamando toda militância a fortalecer cotidianamente a luta pelo Fora Temer e pelo Fora Pezão.

Jandira Feghali e o impacto da Greve Geral nas votações do Congresso Nacional

“Por pouco o governo Temer não conseguiu aprovar a Reforma da Previdência na Comissão Especial e sabe que terá grandes dificuldade para aprová-la no Plenário. Vamos para cima tentar derrotar essa medida desse governo covarde. Já sobre a Reforma Trabalhista, é importante lembrar que haverá maior resistência no Senado, precisamos reforçar a nossa luta”, afirmou Jandira.

A deputada estadual comunista, Enfermeira Rejane, falou sobre a luta do PCdoB no estado do Rio de Janeiro, nas mobilizações contra a venda da CEDAE, e do esforço para defender a UERJ e a saúde pública do Rio em meio ao caos que o PMDB gerou no estado.

Benvindo Sequeira – ator e comediante comunista que tem feito muito sucesso com seus vídeos críticos e muito politizados que tem viralizado nas redes sociais – também fez uma importante fala durante o ato do PCdoB.

Ainda fizeram uso da palavra os vereadores Cris Gemeas e Leonardo Giordano; a ex-presidenta estadual do PCdoB, Ana Rocha; o secretário estadual de comunicação e ex-presidente da UNE, Daniel Iliescu; o presidente da CTB-RJ, Ronaldo Leite; o presidente do Sindicato dos Comerciários, Márcio Ayer; o presidente da UNA-LGBT, Marcelo Max; a ex-presidenta da UEE-RJ, Tayná Paolino; a militante da UNEGRO, Helena Bretas; e o presidente municipal do PCdoB de Caxias, Alcimar Targino.

Ao final das falas, Luciana Santos e João Batista Lemos, conclamaram os presentes a, de pé, comemorarem os 100 anos da Revolução Russa de 1917, os 100 anos da primeira Greve Geral no Brasil, e também os 100 anos da fundação do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro, reforçando a atualidade da tarefa histórica dos comunistas: a luta pelo socialismo.