Seminário na Câmara debate violência contra a população LGBT

As comissões de Cultura, Direitos Humanos e Minorias, Educação, Legislação Participativa, Seguridade Social e Família, Assuntos Sociais, Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados realizou hoje (13) o XIV Seminário LGBT do Congresso Nacional, que este ano teve como tema a “Transição Cidadã: Nossas Vidas Importam!”.

Por Sônia Corrêa para Portal CTB

o XIV Seminário LGBT do Congresso Nacional

O seminário anual debateu o conservadorismo, os impactos das reformas constitucionais no Brasil nos direitos LGBT e os desafios das discussões de gênero na escola. A deputada Erika Kokay (PT/DF), que é uma das requerentes do evento destacou a importância de enfrentar a violência contra as pessoas LGBT, que diariamente são vítimas de crimes de “lgbtfobia”.

Lideranças dos movimentos e entidades que apoiam e defendem os direitos de gays, lésbicas, bissexuais, transexuais e travestis participaram das mesas do evento.

Entre os convidados, o presidente da União Nacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (UNALGBT), Andrey Lemos, disse que o seminário teve como pano de fundo a abordagem da violência de gênero a que está submetida a população LGBT no Brasil, com o enfoque na atual conjuntura política do país, de ruptura democrática e cerceamento da liberdade de expressão, criminalização dos movimentos sociais e a negação do Estado de promotor de políticas públicas para enfrentar desigualdades.

“Esse quadro político aprofunda o cenário de desigualdades sociais que tem como resultado a miserabilidade, onde a população LGBT é ainda mais atingida na sua cidadania e na sua dignidade. A violência de gênero se expressa, por exemplo, quando uma presidenta legitimamente eleita é destituída do cargo pelo ódio de classe, com o agravante da misoginia”, informou Andrey.

Para Andrey a importância do debate está ligado a busca de estratégias para construção de um processo civilizatório, onde as pessoas tenham sua identidade de gênero e a sua orientação sexual respeitadas. “O que nós queremos é a constituição de um Brasil inclusivo, equânime, que garanta a dignidade das pessoas LGBT que está prevista na Constituição Federal”, aponta o presidente da UNALGBT.