Publicado 07/07/2017 10:45 | Editado 04/03/2020 16:45
A Casa de Apoio Ninar beneficia maranhenses como a dona de casa Raquel Pereira, 33 anos, mãe de João Miguel, que tem microcefalia, e de Pedro, com hidrocefalia. “Quando eu soube que Pedro tinha hidrocefalia eu não quis acreditar, porque já tinha o João com microcefalia. Desde que ele nasceu faz acompanhamento no Ninar e hoje é um menino bem ativo. A nossa luta é grande, passo muitos dias sem dormir, mas estou sempre ao lado deles. Eles me ensinam a cada dia com um sorriso, uma palavra. Então desejo que esse projeto traga essa oportunidade para eles melhorarem e terem uma melhor qualidade de vida”, disse.
Raquel Pereira teve problemas na gravidez e o João Miguel, seu primeiro filho, chegou a passar três meses na UTI. Os médicos indicaram um acompanhamento com especialista e, no início, a família custeou o tratamento na rede particular através do plano de saúde, o que aumentou as despesas com a saúde do bebê. Hoje, tanto João Miguel, de três anos, quanto Pedro, de um ano e nove meses, fazem acompanhamento no Ninar com fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo e neuropediatra.
O espaço da antiga Casa de Veraneio foi reestruturado para receber crianças como João Miguel e Pedro e suas famílias. Além de dormitórios e consultórios médicos, a casa conta cozinha, refeitório, centros de convivência em grupo e auditório. O atendimento na Casa de Apoio Ninar conta com equipe multiprofissional composta por médicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas, assistentes sociais, nutricionistas, farmacêuticos, educadores físicos, enfermeiros, psicólogos e psicopedagogos.
O secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, contou que o projeto foi planejado para, além de ampliar a assistência, melhorar a rotina de vida dessas famílias. “Esse é um projeto que representa muito para nós enquanto gestores e responsáveis pela implantação de políticas públicas que beneficiem a população. A entrega da Casa de Apoio Ninar representa bem a transformação que estamos promovendo no estado, ampliando o acesso aos serviços públicos e privilegiando quem realmente deve ser privilegiado que é o povo maranhense”, afirmou.
O espaço foi planejado, também, para favorecer momentos de convivência entre as crianças e seus familiares. “Queremos, através de atividades de interação, estimular a maternagem, fortalecendo o vínculo afetivo com as crianças”, destacou a neuropediatra Patrícia Sousa.