Para “mercado”, se PSDB não for vencedor, eleição de 2018 vira risco

A repórter especial do Valor Econômico Angela Bittencourt publicou um artigo nesta segunda (24) mostrando que o “mercado” que ajudou a depor Dilma Rousseff agora diz explicitamente que quer que um partido de centro “à direita” seja vitorioso em 2018, de preferência, o PSDB.

alckmin e doria - Ciete Silvério/Fotos Públicas

Caso contrário, diz o título da publicação, 2018 será um risco porque as “eleições podem impor retrocessos às reformas” deflagradas no governo Temer.

Para escrever o artigo, a jornalista diz ter entrevistado um “experiente profissional sempre dedicado ao setor privado e que hoje compõe a diretoria de uma importante gestora de ativos”. O nome da fonte foi mantido em sigilo, mas seus pensamentos foram a linha condutora de um texto que põe medo em quem não duvida que mais um golpe pode estar no forno.

Primeiro, a jornalista expôs que o mercado vai reagir mal e impor mais dificuldades à economia brasileira se os presidenciáveis mais à esquerda tiverem potencial de sucesso durante a disputa. Depois, mostrou que para esse nicho, o PSDB é favorito.

“Questionado sobre candidatos que poderão despertar confiança dos investidores, nosso interlocutor apontou personalidades filiadas ao PSDB”, disse, citando precisamente João Doria e Geraldo Alckmin. E a fonte acrescentou: “O PSDB é um atestado de qualidade de política econômica. Qualquer candidato do partido seria recebido dessa forma.”

O cenário com eventual candidatura de Lula não foi abordado. O único nome mais à “esquerda” comentado no artigo é o de Ciro Gomes, sobre quem a fonte misteriosa diz enxergar “características que o mercado teme”. “Vai fazer a coisa errada e de maneira errática. E isso é tudo o que o Brasil não precisa.”

Marina Silva, na Rede, virou o ponto de equilíbrio, mas que precisa ser lapidada para agradar mais essa tal “direita”.

“De Marina à direita, todos serão vistos como bons candidatos e ela mesma pode surpreender sendo bem assessorada.”

Sobre Henrique Meirelles, o comentário foi que “ele seria o ideal por sua credibilidade, experiência e acertos da atual gestão.”