Carlos Felipe apresenta Programa Saúde na Idade Certa

O deputado estadual Carlos Felipe (PCdoB) informou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da última sexta-feira (15), os encaminhamentos da última reunião do Fórum em Defesa do Sistema Único de Saúde (SUS), encabeçado pela Comissão de Saúde da AL. No encontro, ficou definida a intenção de criar o Programa Saúde na Idade Certa (Prosaic).

Carlos Felipe

Segundo ele, essa é uma ação semelhante ao Programa de Educação na Idade Certa (Paic) e tem o objetivo de tornar o Ceará uma referência em saúde por meio da prevenção. “Como os recursos para a saúde são poucos, precisamos encontrar formas de usá-los de forma eficiente”, explicou.

Carlos Felipe explicou que entre 50% e 60% dos cearenses estão acima do peso; destes, de 10% a 20% sofrem de doenças decorrentes do problema – como diabetes ou hipertensão. “Esse projeto visa tratar de questões como obesidade, gravidez na adolescência, DSTs, acidentes de trânsito e arboviroses”, comentou.

Essas doenças, de acordo com Carlos Felipe, demandam muito custo financeiro e social e podem ser evitadas com políticas de prevenção que devem ser incluídas nos quadros escolares a partir do ensino fundamental.

Segundo ele, a ideia é começar com uma escola piloto em algum município do Interior e expandir depois. “Ao fim, a pretensão é termos cada cearense como um agente de saúde”, afirmou.

“Estamos nos reunindo a cada dois meses com as entidades especializadas no assunto com o objetivo de viabilizar esse programa e fazer com que o Ceará, que já é uma referência em educação, torne-se também uma referência em saúde”, frisou.

O parlamentar informou também que a próxima reunião do Fórum acontecerá na última sexta-feira de outubro (27/10) e irá debater a judicialização da saúde.

Carlos Felipe trouxe à tribuna, ainda, uma demanda dos conselhos estaduais de Enfermagem e de Farmácia. Ele explicou que o Brasil regulamentou, por meio de decreto, a liberação da realização dos cursos de Farmácia e Enfermagem a distância, uma medida que, segundo ele, tem preocupado os profissionais de saúde.

“Precisamos discutir isso, pois são cursos que requerem prática, algo inviável no ensino a distância”, avaliou, reforçando que a ideia é prezar pela qualidade e capacidade dos novos profissionais.