Luta dos Trabalhadores: Radialistas fecham acesso à TV Sergipe

Os radialistas sergipanos aguardam até esta quarta-feira (20), uma posição dos empresários da comunicação em relação à retomada das negociações com a categoria e a assinatura do acordo coletivo 2017. A decisão foi tomada após uma reunião entre a direção da TV Sergipe, afiliada da Rede Globo, e os dirigentes do Sindicato dos Radialistas (STERTS), ocorrida na manhã desta segunda-feira, depois que os profissionais de rádio e tevê, com o apoio da Fitert, CTB-SE e MST, bloquearam o acesso à emissora.

radialistas em sergipe bloqueiam acesso a tv do grupo Globo - reprodução portal CTB

Os diretores da TV Sergipe nos receberam e se comprometeram em marcar uma reunião com os patrões até amanhã. Se isso não acontecer, nós vamos bloquear o acesso a outras emissoras de tevê e rádio”, afirmou Avannilson Santana, presidente do Sindicato dos Radialistas. A categoria reivindica 4% de reajuste retroativo a maio deste ano, mais 1% de ganho real a ser pago em janeiro de 2018. Em Sergipe, há 33 emissoras de rádio e seis emissoras de televisão.

Desde o mês de fevereiro, os radialistas tentam fechar um acordo com os empresários da comunicação no Estado. Segundo Avannilson Santana, na oitava e última reunião entre os patrões e a direção do Sindicato dos Radialistas, intermediada pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), os empresários admitiram verbalmente que poderiam conceder o reajuste de 4%, mas não sinalizaram o repasse de 1%.

Cansados de esperar pela retomada do diálogo, os radialistas decidiram fechar o acesso à afiliada da Globo para exigir a assinatura do acordo coletivo. “Se conseguirmos avançar, vamos suspender a mobilização. Caso contrário, as manifestações vão continuar na luta pelo reajuste salarial a que temos direito”, disse Avannilson.

Para Adêniton Santana, presidente da CTB-SE, o protesto dos radialistas foi importante para que a classe patronal percebesse que a categoria está unida e determinada a lutar pelo acordo. “As negociações não avançaram, porque os patrões se recusaram a dar 1% de reajuste, o que equivale a R$ 14,40. O movimento foi importante, porque forçou a TV Sergipe a receber os diretores do sindicato. Agora, esperamos que o pleito da categoria seja atendido”, enfatizou.