Plenária metalúrgica ampliada aprova protestos para 10 de novembro

A plenária nacional da indústria, convocada pelo movimento Brasil Metalúrgico, reuniu nesta sexta-feira em São Paulo 1,5 mil dirigentes e ativistas do setor industrial no CMTC Clube. A mobilização, que encerrou com passeata nos arredores, busca fortalecer a resistência à implantação da reforma trabalhista de Michel Temer. 

Marcelino da Rocha, Fitmetal - Reprodução do Portal CTB

A iniciativa aprovou uma Carta do encontro e marcou um Dia Nacional de Protestos e Paralisações para 10 de novembro, véspera da entrada em vigor da lei trabalhista de Temer (Lei 13.467).

Segundo Miguel Torres, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM/Força Sindical), a Plenária agregou entidades sindicais da indústria, comércio e serviços. Ele falou à Agência Sindical: “Temos aqui dezenas de Sindicatos de diversas regiões do País, além de seis Centrais, o Fórum Sindical dos Trabalhadores e Confederações”. Sua avalição do evento é de sucesso. “Muita gente, muita disposição de luta, muita vontade de derrotar essas maldades todas contra os trabalhadores”, diz.

Para o metalúrgico João Cayres, secretário-geral da CUT Estadual de SP, a Plenária acumula força no campo dos trabalhadores. Ele avalia: “Avançamos na unidade sindical e na mobilização. Temos, agora, de levar isso às bases, onde cresce muito a rejeição às reformas. Também devemos nos ajudar, mutuamente, nas campanhas salariais”. Cayres sugere que a ação se concentre, preferencialmente, no cinturão histórico do sindicalismo – “Osasco, São Paulo, ABC, Guarulhos e outros com base industrial”.

Manuel Monteiro, metalúrgico do Rio de Janeiro do setor Naval, lembrou que este segmento é uma das vítimas da política do atual governo. “A indústria naval já foi a segunda maior do mundo, e hoje com o governo neoliberal e entreguista de Temer entrou em falência”.

Na opinião de Manuel, o desemprego no setor está diretamente ligado ao plano de retirada dos investimentos que estão implementando na Petrobras para entregá-la ao capital estrangeiro. Entre 2014 e 2015 o setor naval somava 82 mil empregos diretos. Atualmente não passam de 30 mil empregados no segmento.” Não vamos aceitar. Vamos às ruas para lutar e defender o que é nosso!”, defendeu.

A plenária nacional do movimento ‘Brasil Metalúrgico’ contou com a presença de dirigentes da CUT, Força Sindical, CTB, Intersindical, CGTB e CSP-Conlutas.