Jô Moraes quer acionar Ministério da Justiça contra ação da PF na UFMG

Nesta quarta-feira (6), uma ação da Polícia Federal conduziu coercitivamente o reitor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Jaime Arturo Ramirez, a vice-reitora, Sandra Regina Goulart Almeida, e o presidente da Fundação de Desenvolvimento e Pesquisa (Fundep), Alfredo Gontijo de Oliveira.

A operação, denominada “Esperança Equilibrista” – em referência ao trecho da música de João Bosco e Aldir Blanc que é considerada o hino dos anistiados –, apura um suposto desvio de R$ 4 milhões em recursos públicos na construção do Memorial da Anistia Política do Brasil. E foi classificada com um “acinte a todos os perseguidos pela ditadura” pela deputada Jô Moraes (PCdoB-MG).

A parlamentar alertou para a ruptura do Estado Democrático de Direito com o intuito de promover o espetáculo e a humilhação pública e sugeriu que os deputados acionassem o Ministério da Justiça.

“Foi uma prisão coercitiva, que é como devemos chamar isso. Além disso, a operação da PF é um acinte contra todos aqueles perseguidos pela ditadura quando tem a desfaçatez de ser chamada de a ‘Esperança Equilibrista’. Vamos ao ministro da Justiça exigir o controle de uma polícia que não pode se transformar num fascismo”, disse Jô.