Metalúrgicos ocupam rodovia em SP contra o fim da aposentadoria

Uma quarta-feira (13) de luta contra o fim da aposentadoria. Em São Bernardo do Campo, 5 mil trabalhadores e trabalhadoras da Volkswagen pararam as duas vias locais da Rodovia Anchieta, sentido litoral, e fizeram um ato no Km 24 em protesto contra a nova proposta de reforma da Previdência, que pode entrar na pauta de votação da Câmara dos Deputados na próxima semana.

Metalúrgicos ocupam rodovia Anchieta contra reforma da previdência dezembro de 2017 - Edu Guimarães/Sindicato dos Metalúrgicos do ABC

Por unanimidade, em assembleia, eles aprovaram greve caso a proposta colocada em votação, o que pode acontecer entre os dias 18 e 19.

Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, que participou da atividade que faz parte da Jornada de Lutas da CUT e demais centrais sindicais, foi comprovado na votação que os trabalhadores e as trabalhadoras compreendem que não é uma reforma e, sim, um desmonte da aposentadoria. Além disso, disse o presidente, o recado para os deputados e deputadas ficou bem claro:

“Os deputados têm que ficar de olhos abertos se não quiserem morrer abraçados com o golpista Michel Temer. Se votar não volta”, destacou Vagner se referindo as eleições em 2018. “Se trair a classe trabalhadora não vai se reeleger”, finalizou.

O secretário Geral da CUT e metalúrgico, Sérgio Nobre frisou que "é importante mandar o recado e não deixar votar a reforma”. Segundo ele, a Previdência é direito do povo e aqui tem trabalhadores aguerridos que sabem defender os direitos", alertou Sérgio.

O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC tem um calendário de mobilizações com outras empresas ainda nesta semana com o objetivo de barrar a aprovação da reforma da Previdência.

“O que está sendo proposto, além da reforma Trabalhista, a terceirização e a PEC do congelamento dos gastos, coloca o trabalhador num sistema de escravidão imposto pelo patrão”, disse Wagner Santana, o Wagnão, presidente do Sindicato.

Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, “esse destino nós não queremos para nenhum de nós, nem para nossos filhos e gerações futuras que entrarão no mercado de trabalho”. Wagnão encerrou dizendo que os metalúrgicos estão nas ruas hoje para tentar impedir a votação e que vai passar a semana fazendo barulho contra a retirada dos direitos.