Entidades e sindicatos lançam nota contra  Reforma da Previdência

Entidades social e o movimento sindical de Chapecó lançaram uma nota contra a Reforma da Previdência. O objetivo é esclarecer a população sobre as reais implicações dessa reforma. Para os sindicatos, a propaganda do governo é enganosa, procurando mostrar os benefícios que a reforma traria, quando na verdade, caso seja aprovada, implicará em vários prejuízos aos trabalhadores brasileiros.

Reforma da Previdência

“Se a Reforma da Previdência fosse tão boa assim, não precisaria convencer a população de que ela é boa, e não precisaria comprar deputados para conseguir a votação necessária para a aprovação”, comentou o diretor do Sinproeste (Sindicato dos Professores do Oeste de Santa Catarina), professor Sergio Scheffer.

Na nota, os sindicatos dizem que “quem quebra a Previdência são os sonegadores de impostos e as isenções tributárias dadas pelo governo a grupos econômicos privilegiados. O governo esconde que deixa de cobrar R$ 427,73 bilhões dos grandes devedores da Previdência”.

A nota segue dizendo que a reforma não acabará com os grandes salários e que, portanto, o discurso de que vai acabar com os privilégios é falso. “Os funcionários públicos não têm privilégios sobre os trabalhadores do sistema privado. A equiparação já foi realizada e nenhum funcionário público federal pode ter aposentadoria acima do teto do INSS”, escrevem os movimentos social e sindical.

Para finalizar, há um chamamento à população para pressionar os deputados da sua cidade para que eles não votem a Reforma da Previdência. Assinam a nota a Frente Brasil Popular, os sindicatos e os movimentos sociais e estudantil de Chapecó.

NOTA PÚBLICA

O movimento sindical e social de Chapecó vem à público declarar sua contrariedade à Reforma da Previdência Social e esclarecer alguns pontos que necessitam de uma análise mais detalhada.

Primeiro é preciso entender que a Previdência não está quebrada. O dinheiro arrecadado para o Sistema de Seguridade Social não deveria ser gasto em outras coisas. Mas o governo faz a desvinculação de recursos e usa o dinheiro em outras áreas. Quem quebra a Previdência são os sonegadores de impostos e as isenções tributárias dadas pelo governo a grupos econômicos privilegiados. O governo esconde que deixa de cobrar R$ 427,73 bilhões dos grandes devedores da Previdência.

Sobra dinheiro para a Previdência. O déficit do governo está nos gastos financeiros, ou seja, nos gastos com pagamentos de juros. Em 2015 o governo pagou R$ 501 bilhões de juros, que corresponde a 8,5% do PIB. Esse dinheiro foi destinado a menos de 100 mil pessoas.

Enquanto isso, a Previdência gastou R$ 430 bilhões e beneficiou diretamente mais de 27 milhões de pessoas! E se você somar essas pessoas ao número de familiares que elas têm, isso vai atingir 40 milhões de pessoas.

Outro discurso presente na mídia e nas propagandas do governo é que a reforma das aposentadorias precisam acontecer para acabar com os privilégios. Mentira! As grandes aposentadorias continuarão existindo. O que o governo quer é que você trabalhe mais, contribua mais e ganhe menos. Os funcionários públicos não têm privilégios sobre os trabalhadores do sistema privado. A equiparação já foi realizada e nenhum funcionário público federal pode ter aposentadoria acima do teto do INSS.

Para conseguir retirar seus direitos, o Governo usa o seu dinheiro para comprar os votos dos deputados! A estratégia é oferecer grandes quantidades de dinheiro para que o deputado vote a favor da reforma e contra você! Aliado aos interesses do mercado e dos grandes grupos econômicos, o que se pretende é diminuir os direitos trabalhistas para aumentar o lucro dos grandesgrupos econômicos, precarizando o trabalho no Brasil.

O valor da aposentadoria será rebaixado, sendo calculado a partir da média de todos os salários recebidos durante a vida. Pela regra atual, a média é feita com base nos 80% dos maiores salários. Além disso, a idade mínima para se aposentar será de 65 anos para os homens e de 62 para as mulheres.

Todos concordam que precisamos tratar o assunto com seriedade e sem viés ideológico. Mas será que diminuir o rendimento dos trabalhadores é a forma adequada para retomar o crescimento?
Pressione seu deputado para que ele não vote a Reforma da Previdência. Quem vota a favor da reforma é contra o trabalhador, é contra o cidadão brasileiro.

SE VOTAR, NÃO VAI VOLTAR!

Chapecó, 12 de dezembro de 2017
Frente Brasil Popular | Sindicatos de Chapecó | Movimentos sociais e estudantil de Chapecó