Oposição planeja boicotar eleições presidenciais, diz Nicolás Maduro

O mandatário pediu, no entanto, que os líderes oposicionistas não se retirem da disputa, da qual deve participar. “Eu quero que a oposição não se retire da fase eleitoral presidencial deste ano de 2018, e faço um pedido para a Venezuela, para a comunidade internacional”, disse.

Para tanto, afirmou, o governo vai trabalhar "para que haja eleições realmente participativas, exemplares e arrumadas, com eles ou sem eles (opositores)”.

Terrorismo

Sobre as células terroristas desarticuladas nesta segunda-feira (15), Maduro disse que elas planejavam um ataque com um carro bomba em frente a uma embaixada em Caracas.

“Nos inteiramos de [um plano] de que tinham preparado um carro bomba para explodir na frente da embaixada de um país querido e prestigioso que tem sua representação aqui”, afirmou.

Nesta segunda, o ex-policial Óscar Pérez – responsável por atirar em um prédio do governo de cima de um helicóptero – foi encurralado por oficiais em El Juniquito, 25 km ao noroeste de Caracas, junto ao grupo de homens com quem planejava o ataque com o veículo.

Maduro afirmou que o “enfrentamento armado” se produziu logo depois de ter dado aos sublevados “todas as condições para sua entrega”. “Os grupos de comando tiveram que atuar. Foi abatida uma parte do grupo terrorista, outros estão capturados. Há mais de cinco presos e já se encontram dando seu depoimento, contando tudo. Assustadores os planos terroristas que tinham”, disse.

“Hoje, se deu lamentavelmente um enfrentamento armado logo após de se darem as condições para sua entrega (…), e lamentavelmente com o resultado de dois jovens profissionais policiais mortos que, quando estavam em situação de repouso esperando a entrega de ditos terroristas, foram mortos com tiros na cabeça”, disse Maduro à ANC.