CTB defende na Fiesp crescimento que gere emprego e renda

"A defesa da retomada do crescimento com geração de emprego e valorização da renda é interesse de todos. E entendemos que a unidade dos setores em torno desta agenda é central na atual etapa", afirmou o presidente nacional da CTB, Adilson Araújo, em reunião nesta terça-feira (30), na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). De acordo com o dirigente, a agenda teve como objetivo reunir setores estratégicos para pensar saídas para a crise que vive o Brasil hoje.

Adilson Araújo se reune com Paulo Skaf na Fiesp janeiro de 2017 - Reprodução

"Ao longo da história do país, seja na luta política como no debate sobre os rumos do Brasil, a classe trabalhadora sempre jogou um papel central e estratégico. Diante disso, o diálogo entre a classe trabalhadora e o setor produtivo com foco em saídas que fomentem nosso crescimento, sem perder de vista a edificação de uma sociedade mais humana e menos desigual, é fundamental", completou o dirigente.

Além da CTB, participaram da reunião Antônio Lopes de Carvalho, presidente do Sindicato dos Oficiais Marceneiros de São Paulo; Arivonaldo Galdino de Almeida, secretário geral do Sindicato dos Oficiais Marceneiros de São Paulo e dirigente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário do Estado de São Paulo Feticom-SP; e Marcelo Toledo, metalúrgico e secretário de Formação da representando a Federação dos Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (Fitmetal).

Agenda pelo Brasil

Nesta linha, Paulo Skaff, presidente da Fiesp, afirmou que os desafios do país unem os setores interessados na construção em defesa de uma agenda pelo Brasil. “Os desafios são enormes, entre eles está a questão da competitividade. Precisamos de uma Brasil mais competitivo”, afirmou.

Além disso, ele alertou sobre os impactos da revolução 4.0. “A evolução tecnológica precisa ser analisada com a delicadeza que pede o tema. O momento deve ser de unidade pois o interesse da retomada é de todos”, completou.

Sustentabilidade

Também na oportunidade foi debatido a questão da sustentabilidade do movimento sindical na atual etapa. Nesta linha, o presidente do Sindicato dos Marceneiros relatou a preocupação da base com o processo de crise do setor.

“Ampliar o diálogo entre a base e o setor produtivo é fundamental”, afirmou Lopes. Ele também apresentou questões em torno da negociação entre a base o setor patronal. “Precisamos ter sensibilidade com o processo de negociação, o momento cobra de nós diálogo para garantir o interesse das partes”, completou o presidente do Sindicato dos Marceneiros.

Adilson emendou: “No cenário atual, nosso empenho é alinhar negociações coletivas que alcancem ganhos e fortaleça os sindicatos, mas também apontem caminhos para a superação da crise com uma retomada que alinhe geração de emprego, valorização do trabalho e fomento da industrialização”.

Defesa da indústria

Ao avaliar os altos índices de desemprego e o processo brutal de desindustrialização, Marcelo Toledo lembrou que tanto a classe trabalhadora como setor produtivo têm interesse em um projeto que fomente o desenvolvimento. “Não temos objetivos diferentes e o diálogo pode contribuir para a criação de saídas”, concluiu.

Como sugestão, Skaff propôs a criação de mesa conjunta entre os setores para o pensar horizontes que tenham como foco um Brasil pujante, com mais emprego e melhoria da renda.