Manuela D’Ávila: O sistema financeiro não tem compromisso com o Brasil

A deputada estadual (PCdoB-RS), Manuela D’Ávila, pré-candidata à Presidência da República utilizou as redes sociais para repudiar o evento em que o pré-candidato Jair Bolsonaro (PSL, ex-PSC) foi aplaudido de pé por mais de duas mil que participavam do 19º CEO Conference, um encontro de banqueiros e investidores organizado pelo banco BTG Pactual, em São Paulo, nesta terça-feira (6).

Manuela D Avila

Para Manuela, ovacionar um pré-candidato machista que concorda com a desigualdade salarial entre homens e mulheres e incita à violência contra a população feminina, mostra o descompromisso do mercado financeiro com a democracia e com as brasileiras, maior parte do eleitorado no país.

Na opinião de Manuela, é preocupante um pré-candidato à Presidência da República que diz que as mulheres podem ser divididas entre “as que merecem ser estupradas” e “as que não merecem”, e que afirma que as mulheres tem que receber menos do que os homens, ser ovacionado num evento.

Segundo Manuela, muitas pessoas acreditam que o Bolsonaro não é o candidato da elite brasileira, mas ela alerta que o sistema financeiro se alia com quem precisar para garantir seus lucros. “O Bolsonaro pode ser sim o candidato do sistema financeiro, porque o sistema financeiro não tem compromisso nenhum com o Brasil e nem com o povo brasileiro”.

A pré-candidata explicou que quer viver em um Brasil em que as mulheres sejam construtoras do crescimento econômico, que vivam sem medo da violência e que não sejam punidas por ser mães. “Quero viver em um Brasil em que segurança pública é objeto de políticas públicas. Bolsonaro aglutina o medo e transforma em ódio. Eu quero viver num Brasil com paz”.

Segundo noticiou a Folha de S.Paulo, o evento foi aberto pelo ministro de Minas e Energia de Temer, Fernando Coelho Filho. "No encontro, Bolsonaro defendeu uma pauta econômica híbrida, liberal ao pedir uma reforma da Previdência gradual", publicou o jornal.

De acordo com a reportagem, nesta quarta-feira (7), falam outros dois nomes que circulam abaixo de 3% de intenções de voto: o ministro Henrique Meirelles (Fazenda) e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), mas não comentou sobre o convite aos outros presidenciáveis que estão nos primeiros lugares na intenção dos votos, segundo as pesquisas eleitorais credenciadas no TSE.