Trump investe em segurança e reduz orçamento da educação

O projeto de orçamento dos Estados Unidos para 2019, apresentado nesta segunda-feira (12) pelo presidente Donald Trump, aposta em uma previsão otimista de crescimento e investe em segurança e luta contra a imigração. Porém, o plano deve aumentar consideravelmente o déficit público do país e reduzir os gastos com educação, diplomacia e meio ambiente.

Donald Trump - Wikicommons

 O orçamento, que prevê mais de US$ 4,4 bilhões de gastos de 2019, é 10% superior ao apresentado em 2017. As hipóteses de crescimento, que têm um impacto no rendimento do Estado, são otimistas e alinhadas às promessas de campanha de Trump.

A Casa Branca prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) do país vai registrar uma alta de 3,2% em 2019, após cerca de 3% em 2018. Já a Reserva Federal (FED), mais contida sobre o tema, aposta em 2,1% de crescimento em 2019, após 2,5% este ano.

Segundo o programa de Trump, o déficit dos EUA no ano que vem alcançaria US$ 984 bilhões, o que representaria 4,7% do PIB do país, contra US$ 666 bilhões registrados em 2017 (3,5% do PIB) e US$ 873 bilhões este ano (4,4% do PIB). No entanto, se for levado em conta o acordo concluído com o Congresso na semana passada sobre os gastos internos e militares suplementares, o déficit poderá ultrapassar US$ 1 trilhão.

Gastos com segurança e imigração

"Depois de gastar estupidamente 7 trilhões no Oriente Médio, é hora de começar a investir em NOSSO país", tuitou Trump nesta segunda. "Esta será uma grande semana para a infraestrutura", disse o presidente na rede social, pouco antes de divulgar o orçamento.

O projeto conta com gastos na construção do muro anti-imigração, prevê a privatização da estação espacial ISS até 2024 e avança um aumento do orçamento militar de 13%. O departamento de segurança interna, que cuida da imigração, vai ter 8% a mais para gastar e o ministério do Comércio terá um acréscimo de 6%.

Em compensação, sofrerão uma baixa no orçamento os ministérios das Relações Exteriores (-26%), da Educação (-10,5%) e a agência para o meio ambiente EPA (-34%). O projeto é apresentado ao Congresso, mais raramente é adotado na íntegra pelo Estado. Porém, ele já dá uma ideia das prioridades do chefe da Casa Branca.