Bancada da bala na Câmara apoia intervenção no Rio

A Frente Paramentar da Segurança Pública da Câmara dos Deputados, conhecida como bancada da bala, que reúne 299 membros nesta legislatura (26 fora do mandato), aprovaram o decreto de intervenção federal de Michel Temer no Estado do Rio de Janeiro.

Bancada da bala Câmara - Ailton de Freitas

De acordo com reportagem do Congresso em Foco, um dos principais defensores da revogação do Estatuto do Desarmamento, o deputado Laerte Bessa (PR-DF) diz ver com bons olhos a intervenção.

Para o deputado, se a ocupação das forças militares tiver caráter meramente político e se prestar a submeter policiais a uma função figurativa por “três, quatro meses, os bandidos vão ficar rindo”. Ele defende que o Exército tenha poder de polícia, o que é proibido pela Constituição.

Outro a comentar foi o deputado Alberto Fraga (DEM-DF), coordenador da frente. Coronel da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal, Fraga queria uma intervenção oficialmente truculenta.

Ele acredita que a medida "não tem como dar certo". "Não posso ficar contra [a intervenção], mas confesso que sou muito pragmático em dizer que o que vai se gastar com as operações, com as intervenções, poderíamos muito bem disponibilizar recursos e dar condições de trabalho para os órgãos estaduais”, disse.