Grupo lança carta aberta ao prefeito de São Paulo

Um grupo com 158 entidades, associações e movimentos sociais lançou uma carta aberta ao prefeito João Doria contestando sua proposta de revisão da Lei de Zoneamento, sancionada em 2016 (lei 16402).

Em 09 itens, as entidades e movimentos questionam e criticam as alterações afirmando que o que está sendo proposto é a negociação da capital paulista. Dentre outros pontos, o grupo aponta erros como a alteração das regras que preservam vilas e bairros residenciais, a redução na arrecadação do Fundo de Desenvolvimento Urbano (Fundurb) – utilizado para financiar melhorias urbanas nas áreas mais vulneráveis da cidade, a desconsideração das decisões dos conselhos de patrimônio cultural na aprovação de novos projetos e o desestímulo à mobilidade urbana sustentável.

Ao final da carta, pedem a suspensão da revisão da Lei de Zoneamento e fazem propostas que aprofundam e democratizam o debate sobre o tema. Confira a Carta:

CARTA ABERTA AO PREFEITO DE SÃO PAULO JOÃO DÓRIA:

São Paulo está sendo negociada! Como a proposta de revisão da Lei de Zoneamento impacta no futuro da cidade?

Passados menos de dois anos da aprovação da nova lei de Zoneamento da cidade (Lei 16.402/16) a Prefeitura de São Paulo apresentou propostas de alterações da lei vigente, e do Plano Diretor de forma indireta, com previsão de aprovação ainda neste primeiro semestre de 2018. A divulgação desta proposta, que vai muito além de um mero "ajuste" aconteceu em período de recesso e as audiências públicas, agendadas entre os dias 20 e 28 de fevereiro deste ano, não têm sido amplamente divulgadas para a população, além de possuir caráter meramente figurativo, apenas cumprindo com os parâmetros legais para a aprovação da lei; não proporcionando uma participação democrática e efetiva, que possibilite a discussão e incorporação de propostas da população em geral.

Quanto ao conteúdo apresentado no referido processo de revisão, e publicado em minuta no site Gestão Urbana SP no final do mês de dezembro de 2017, afirmamos nossa discordância: parte dessas alterações ferem princípios e parâmetros estabelecidos no Plano Diretor Estratégico, premiado pela ONU-Habitat como uma das melhores práticas urbanas, que são centrais para orientar o desenvolvimento ordenado da cidade, do ponto de vista social, ambiental, econômico e imobiliário, iniciativas que vêm sendo adotadas e reconhecidas em diversas cidades pelo mundo.

Vejamos, porém, o que está por trás dessa proposta de revisão que atende a interesses privados, de um setor específico da cidade, em detrimento ao interesse público:

1) REDUZ EM BILHÕES DE REAIS A ARRECADAÇÃO DO FUNDO DE DESENVOLVIMENTO URBANO (FUNDURB), UTILIZADO PARA FINANCIAR MELHORIAS URBANAS NAS ÁREAS MAIS VULNERÁVEIS DA CIDADE
Do ponto de vista do “equilíbrio econômico”, tem ganhado destaque nas alterações propostas o desconto na outorga onerosa, ou seja, a redução dos valores que o setor imobiliário deve pagar à Prefeitura para adquirir potencial construtivo adicional. Diminuindo a arrecadação em outorga, diminui a capacidade de investimento do FUNDURB, cuja finalidade é redistribuir investimentos nas áreas mais vulneráveis da cidade. Ou seja: enquanto a PMSP necessita de investimento em inúmeras áreas vulneráveis da cidade e alega precisar de recursos (sugerindo, inclusive, privatizar setores da cidade e estabelecer diversas formas de parceria com o setor privado, a fim de supostamente desonerar os serviços públicos), essas alterações na Lei de Zoneamento farão com que a Prefeitura deixe de arrecadar, aproximadamente, cerca de R$ 150 milhões por ano para favorecer o setor imobiliário (segundo dados do Sistema Municipal de Monitoramento do Plano Diretor de março de 2017). Em 15 anos, tempo de vigência do Plano Diretor, a soma pode chegar a valores próximos a R$ 2,2 bilhões de reais! Em números brutos, isso pode equivaler a 10 hospitais, ou 40 Centros Educacionais Unificados – CEUs. Ao se considerar a parcela de 30% do Fundurb que poderia ser destinada para aquisição de terrenos para habitação de interesse social, aproximadamente R$ 660 milhões deixariam de ser arrecadados. O mesmo vale para parcela de 30% destinada às melhorias no Transporte Público, que perderia investimentos em ciclovias e calçadas. Mais uma vez as periferias da cidade seriam as regiões mais prejudicadas. Necessário observar também que a baixa arrecadação de 2017 pode estar vinculada à uma expectativa de ganho dos produtores imobiliários que desde a campanha eleitoral já possuem o compromisso do atual prefeito de rever a lei e baixar a outorga. Ou você, compraria um bem hoje sabendo que amanhã será promovido um desconto geral para todos?

2) ESTIMULA A CONSTRUÇÃO DE MAIS EDIFÍCIOS, MAIS ALTOS, NOS MIOLOS DE BAIRROS JÁ SATURADOS, COMPROMETENDO A FORÇA INDUTORA DO PLANO DIRETOR
A proposta altera a hierarquia de gabaritos estabelecida no Plano Diretor, cuja lógica é proporcionar maior atratividade de transformação nas áreas da cidade onde há oferta de transporte público coletivo, preservando os miolos de bairro. A revogação do limite de gabarito de altura estabelecido em 28 metros nas Zonas Mistas (ZM), zona que abrange maior parte da cidade, permite o retorno da possibilidade de construção de espigões que não promovem interação com a via pública e qualidade ambiental. Esta prática é recorrente do mercado imobiliário e visa com o mesmo aproveitamento do coeficiente do terreno um maior ganho na venda de apartamentos mais altos, vende-se a vista, comprometendo a urbanidade entre os conjuntos e a cidade, bem como a possibilidade de tipologias distintas para as diferentes classes econômicas, pois se pretende o maior ganho.

3) DESESTÍMULA A MOBILIDADE URBANA SUSTENTÁVEL
A lei atual delimita a quantidade de vagas de garagem em edifícios residenciais, principalmente em áreas próximas a estações de transporte coletivo, demarcadas como Eixos de Transformação Urbana, visando estimular meios alternativos de transporte coletivo em detrimento do uso do automóvel. De acordo com a nova proposta, o limite máximo das vagas de garagem em empreendimentos residenciais é abolido, transformando todas as vagas de garagem em áreas não computáveis. Essa medida vai contra a intenção de formar cidades mais conscientes e contraria previsões expressas do atual Plano Diretor Estratégico. Com isso é estimulado o maior uso do automóvel, gerando mais trânsito e ampliando a emissão de poluentes atmosféricos.

4) REDUZ OS MECANISMOS DE PRODUÇÃO DE HABITAÇÃO SOCIAL EM ÁREAS BEM SERVIDAS EM SERVIÇOS E EMPREGOS
A minuta prevê a dispensa da obrigatoriedade de destinação de Habitação de Interesse Social (HIS) nas chamadas Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) 3 nos casos de reforma de edificação existente em situação regular, independentemente da quantidade de área a mais que será construída. Isso, na prática, pode significar a “desmarcação” das ZEIS 3 já edificadas, mas sem uso ou subutilizadas, localizadas nas áreas centrais, dotadas de infraestrutura e serviços urbanos e próximas a locais com oferta de empregos – algo que contradiz totalmente os objetivos determinados pelo Plano Diretor, tanto para essas zonas como para a política habitacional. Você sabia que o Templo de Salomão construído sobre uma ZEIS, assim como diversos conjuntos de alta renda, foram realizados enquanto este entendimento era uma brecha da lei antiga? A quem interessa, novamente, permitir que quem compra ZEIS (a preços menores) se abstenha de cumprir os objetivos dessas zonas?

Outra medida que reduz a obrigatoriedade de construção de Habitação de Interesse Social é a proposta de reduzir a destinação de unidades para famílias de 0 a 3 salários mínimos (HIS 1) de 60% para 50% quando for promovido apenas HIS no imóvel. Essa proposta novamente fere o Plano Diretor Estratégico de forma frontal, uma vez que reduz o percentual nele estabelecido, justamente relacionado ao atendimento das famílias com mais baixa renda, o que corresponde à maior parcela do déficit habitacional do município.

5) FLEXIBILIZA AS REGRAS PARA CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS SUSTENTÁVEIS
A regra denominada “Quota Ambiental”, que estabelece incentivos para edifícios com fachadas e tetos verdes, com mecanismos de retenção de água pluvial para reduzir enchentes, atualmente vale para lotes com área acima de 500 m². As alterações colocam que somente lotes com área acima de 1000 m². Com isso praticamente perde assim seu propósito, visto que terrenos dotados de tal área não representam a realidade da maioria dos lotes da cidade de São Paulo. Este mecanismo é fundamental para permitir que todas as construções possam contribuir em pequena parcela para uma cidade melhor. Ao se excluir a possibilidade de mitigação de cada lote o poder público relega ao futuro e à coletividade os custos de uma cidade desequilibrada!

6) ELIMINA OBRIGAÇÕES SOCIAIS E AMBIENTAIS PREVISTAS NO PLANO DIRETOR EM ÁREAS EM QUE HÁ INTENSA PRODUÇÃO IMOBILIÁRIA (OPERAÇÕES URBANAS)
As propostas apresentadas tornam o território das Operações Urbanas um lugar de exceção, de manutenção de um regramento urbanístico antigo, em descompasso com as questões contemporâneas da cidade, indo na contramão do Plano Diretor e do Estatuto da Cidade, não contribuindo para a estratégia de ordenamento territorial para uma cidade mais humana e sustentável. São dispensados, para estas áreas as regras relativas à: Cota de Solidariedade (que prevê a construção de habitação social); Quota Ambiental (que prevê edifícios verdes); Cota de Garagem (que estabelece regras sobre a área média das vagas de garagem); Cota-Parte Máxima de Terreno por Unidade (que delimita um número mínimo de unidades habitacionais a serem construídas em função da área de um determinado terreno); gabaritos de altura máximos; e, restrições ao número máximo de vagas de veículos não computáveis (aumentando a possibilidade de construir vagas de garagem).

7) REDUZ A REGRA PARA CONSTRUÇÃO DE ESPAÇOS PÚBLICOS EM GRANDES EMPREENDIMENTOS COMO UNIVERSIDADES E SHOPPINGS
Outra mudança incompreensível é a dispensa do limite de lote máximo para shoppings, universidades e futuros hospitais, passando de 20.000m² para 40.000m². A limitação de tamanho máximo é importante para a cidade porque sua transformação urbana tem sido acompanhada da aprovação de empreendimentos muito grandes, em terrenos que são ocupados sem que sejam abertas ruas, nem passagens para ciclistas e pedestres. Isso faz com que, para circular, tenhamos que dar grandes voltas em torno destas verdadeiras “ilhas urbanas”, geralmente muradas, que criam espaços ermos e inseguros. Especialmente os pedestres são os mais penalizados. Além disso, no zoneamento em vigor, a limitação está associada a outras regras que não valeriam mais com a aprovação da minuta, como a necessidade de doar áreas para uso público, por exemplo, para a construção de ruas, entre outras. Importante ressaltar que 20.000m² é o tamanho de dois quarteirões da região da Paulista, ou seja, um empreendimento maior que isso não é compatível com uma cidade que se proponha a ser sustentável e para as pessoas.

8) ALTERA AS REGRAS QUE PRESERVAM VILAS E BAIRROS RESIDENCIAIS
Contraria regras existentes no Plano Diretor ao trazer dispositivos que geram efeitos negativos e condições para a deterioração e até o desaparecimento de territórios classificados como de PRESERVAÇÃO segundo a lei atual. É o caso das Zonas Exclusivamente Residenciais – ZER, que cumprem importante papel ambiental para toda a cidade e que serão impactadas pela inserção de novas regras de usos e ocupação de seus terrenos, que servirão como fatores desagregadores de seu equilíbrio e coesão urbanística. No caso dos bairros verdes, residenciais e horizontais, incentiva-se alterações das regras urbanísticas estabelecidas pelos loteadores e devidamente gravadas em registro público, sendo claro que lei superveniente mais permissiva não pode alterar regras que se constituíram ao longo do tempo em atos jurídicos perfeitos acolhidos pela Constituição. E ainda, as Vilas poderão ser “sufocadas” pela introdução de regras que diminuem as faixas envoltórias livres, promotoras de sua insolação e ventilação, permitindo a construção de prédios com gabaritos muito altos em seu entorno. É o aniquilamento planejado das nossas Vilas.

9) DESCONSIDERA AS DECISÕES DOS CONSELHOS DE PATRIMÔNIO CULTURAL NA APROVAÇÃO DE NOVOS PROJETOS
Na legislação atual caso novos projetos sejam apresentados na Prefeitura para aprovação antes do início da vigência de uma nova lei urbanística estes podem ser analisados de acordo com a legislação anterior, desde que sejam seguidos um conjunto de regras. Com a nova redação a atuação e o poder de intervenção de decisões Judiciais e do Ministério Público e das Resoluções de Conselhos de Preservação do Patrimônio é anulado.

E NO QUE ACREDITAMOS?
Posto isso, e reiterando a importância da construção democrática real no planejamento e definições dos rumos a serem tomados na cidade, solicitamos a SUSPENSÃO da revisão da Lei de Zoneamento até que:

1. Sejam retirados todos e quaisquer pontos que usam o subterfúgio desta revisão para ferir o Plano Diretor Estratégico;

2. Sejam apresentados e debatidos os estudos que motivaram a revisão e estudos técnicos com suas consequências;

3. Sejam produzidos materiais ilustrativos e videos que apontem os impactos das mudanças propostas para ampla difusão nos meios de comunicação de modo que a população possa compreender o que está em jogo;

4. Sejam distinguidas as propostas que são meros ajustes de redação e de aplicabilidade da Lei vigente daquelas que impactam o Zoneamento e o Plano Diretor, apontando seus impactos para cidade;

5. Seja pactuado um processo efetivamente participativo com:
a. Audiências e oficinas nas Subprefeituras;
b. Oitivas temáticas;
c. Reuniões com os diferentes segmentos da sociedade civil; e,
d. Etapas claras, ainda no executivo, para amadurecimento da proposta.

6. As respostas às contribuições da sociedade civil sejam sistematizadas, disponibilizadas em formato aberto e sua incorporação, ou não, seja devidamente justificada;

Assim acreditamos que a sociedade como um todo, e não apenas um segmento específico, poderá efetivamente participar sobre um tema que afetará profundamente o futuro da cidade.

São Paulo, 22 de fevereiro de 2018

Assinam o documento: Frente de Luta por Moradia (FLM), Abong associação brasileira de organizações não governamentais – Regional São Paulo, Abraço Guarapiranga, ACRAB – Quilombo a Guaianases, Aliados do Parque Iguatemi, Aliados do Parque Paraisópolis, Associação “Helenira ‘Preta’ Rezende” de Pós-Graduandos da USP – Capital (APG/USP), Associação A Cidade Precisa de Você, Associação Amigos do Pananby – APP, Associação Cultural do Morro do Querosene, Associação de Moradores e Amigos da Vila Mariana- AMA-VM, Associação dos Amigos da Praça João Afonso de Souza Castellano, Associação dos Amigos do Jardim das Bandeiras – AAJB, Associação dos Amigos e Moradores pela Preservação do Alto da Lapa e Bela Aliança- ASSAMPALBA, Associação dos Moradores Amigos do Parque Previdência- Amapar, Associação dos moradores da conde de São Joaquim, Associação dos Moradores do City Lapa Canto Noroeste – Amocity, Associação dos Moradores do Jardim da Saúde – AMJS, Associação dos Moradores e Amigos do Sumaré- SOMASU, Associação Morumbi Melhor – AMM, Associação Parque Tucuruvi, Associação Paulistana de Comida de Rua, Balaio, Bora Plantar, Br Cidades, CADES Regional Lapa – Conselheiros da Sociedade Civil, CAOC – Centro Acadêmico Oswaldo Cruz – Faculdade de Medicina da USP, Casa Amarela Afroguarany, Casa Amarela Casa de Cultura, CASA Brasil – Conselho de Assentamentos Sustentáveis, Casa Ecoativa – Ilha do Bororé, CAV – Centro Acadêmico Vitruvius – IFSP, CEDESC – Centro de Desenvolvimento Educacional, Social é Cultural do Parque Fernanda, Centro Acadêmico de Arquitetura e Urbanismo São Judas ( CAAU São Judas), Centro Acadêmico de Estudos Linguísticos e Literários Oswald de Andrade (CAELL – Letras USP), Centro Acadêmico do Instituto de Física da USP (CEFISMA), Centro Acadêmico Elio Batista do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Anhembi Morumbi (CAEB CAUUAM), Centro Acadêmico Joan Villà (CAJ FAU – Belas Artes), Centro Acadêmico João Mendes Jr. (CAJMR Direito Mackenzie), Centro Acadêmico XI de Agosto da Faculdade de Direito da USP, Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos, Ciclocidade – Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo, Cidade Viva, Cidadeapé, Coletivo A São Paulo que Queremos
Coletivo Arrua, Coletivo Butantã na Luta, Coletivo Entre:FAUs, Coletivo LabLaje, Coletivo Ocupe & Abrace, Comitê Parque Novo Mundo, Comitê Parque Savoy, Conseg Lapa, Conseg Leopoldina, Conseg Pacaembú Perdizes, Conselho das Sociedades Amigos de Bairro (CONSAB'S), Cooperativa Paulista de Teatro, Creative Commes, CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, DCE Mackenzie, DCE Universidade de Sorocaba, Diretório Acadêmico da Faculdade de Arquitetura Mackenzie (DAFAM FAU – Mackenzie), Diretório Central dos Estudantes Alexandre Vannucchi Leme (DCE Livre da USP), EarthCode, Escola de Cidadania da Zona Oeste Butantã, Escola de Cidadania ZO Butantã, Escola de Fé e Política Waldemar Rossi, Escritório Modelo da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Mackenzie – MOSAICO, Espaço de Formação Assessoria e Documentação, Federação das Associações Comunitárias do Estado de São Paulo (FACESP), FENEA – Federação Nacional de Estudantes de Arquitetura e Urbanismo do Brasil, Fórum de Sustentabilidade do Butantã – FSBT, Fórum Regional de Mulheres da Zona Oeste, Fórum Social da Vila Leopoldina, Freeganismo SP, Frente Povo Sem Medo, Grêmio da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP (GFAU), Grupo Técnico de Apoio – GTA, IBDU – Instituto Brasileiro de Direito Urbanístico, Idec – Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, Imargem, Instituto Casa da Cidade, Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento São Paulo (IABsp), Laboratório de Habitação e Assentamento Humanos da FAUUSP (LabHab), Laboratório de Justiça Territorial da UFABC, Laboratório Espaço Público e Direito à Cidade da FAUUSP (LabCidade), LABPARC FAU USP, LEPUR – Laboratório de Estudos e Projetos Urbanos e Regionais da UFABC, Levante Popular da Juventude, Mab movimento de Atingido por barragem, Minha Sampa, MNPR SP – Movimento Nacional População de Rua, Movimento Água Branca, Movimento Amigos da Rua Crítius, Movimento Amigos da Rua José Horácio Meirelles Teixeira, Movimento Amigos da Vila Anglo e do Jardim Vera Cruz- MAVA, Movimento Amigos do Real Parque, Movimento Chácara do Jóquei, Movimento Contra o Aeroporto de Parelheiros,Movimento de Moradia da região sudeste, Movimento dos Teatros Independentes de São Paulo (MOTIN), Movimento dos Trabalhadores sem terra leste 1, Movimento dos Trabalhadores sem terra zona Oeste, Movimento em Defesa do Favelado, Movimento Nacional de População em Situação de Rua (MNPR), Movimento Negro Unificado – MNU, Movimento Parque Alto da Boa Vista, Movimento Parque Augusta sem Prédios, Movimento Parque Jardim Esmeralda, Movimento Parque Linear Caxingui, Movimento Parque Matarazzo
Movimento Parque Paulo Freire, Movimento Parque Peruche, Movimento Parque São Lucas, Movimento pelo Direito a Moradia (MDM), Movimento União de Moradores de Pinheiros e Lapa – UMOPI, MTST – Movimento de Trabalhadores Sem Teto, Muda SP, Mundana companhia de teatro, NAPPLAC – Núcleo de Apoio e Pesquisa: Produção e Linguagem do Ambiente Construído, Núcleo de Direito à Cidade da Faculdade de Direito da USP (NDC – USP), Observatório de Remoções da FAUUSP, Parque do Bixiga, Pastoral da Moradia – São Miguel Paulista – Leste, Pastoral Fé e Política da Região Belém, Plataforma operária camponesa, Pólis – Instituto de Estudos, Formação e Assessoria em Políticas Sociais, Rede Butantã, Rede de Olho nos Mananciais, Rede Nossa São Paulo, Rede Novos Parques, Rede ODS Paulista, Rede Permaperifa, Rios e Ruas, Salvar o TBC, SampaPé, Serviço de Assessoria Jurídica Universitária da Faculdade de Direito da USP (SAJU – USP), Sindicato dos Arquitetos no Estado de São Paulo (SASP), Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões no Estado de São Paulo (SATED – SP), Sindicato dos Psicológos, Sociedade Amigos de Vila Madalena –SAVIMA, Sociedade Amigos do Jardim Londrina- SAJAL, Sociedade dos Amigos do Planalto Paulista – SAPP, Sociedade Moradores Butantã/ Cidade Universitária – SMB, SOS Pananby, SP para o Pedestre – Por uma cidade plural, Teatro do Incêndio, Teatro Oficina Uzyna Uzona, TETO Brasil, TI – Aldeia Guarani Tenondé Porã, UJS – União da Juventude Socialista, União Brasileira de Mulheres – UBM, União dos Movimentos de Moradia (UMM), União Nacional dos Estudantes (UNE), Unificação das lutas de cortiço e moradia, URBEM – Instituto de Urbanismo e Estudos para a Metrópole, Viva Aclimação.