Em conferência, especialistas defendem volta dos investimentos no SUS

Termina nesta sexta-feira (2), em Brasília, a 1ª Conferência Nacional de Vigilância em Saúde. Cerca de dois mil especialistas e representantes da sociedade civil discutem um modelo de atenção à saúde e defendem um programa que reduza riscos de doenças, além do retorno dos investimentos públicos no Sistema Único de Saúde.

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O evento, organizado pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS), foi o primeiro encontro após centenas de conferências municipais e regionais. "É um processo de dois anos de construção e que chega à etapa nacional com a formulação das propostas para dar ao povo brasileiro uma política que enfrente a dengue, as DSTs etc., com ações de prevenção antes mesmo do dano", explica Ronald Ferreira dos Santos, presidente do Conselho Nacional de Saúde, ao repórter Uelson Kalinovski, da TVT.

No encontro foi elaborado um documento com 170 propostas divididas em eixos de ação, como as práticas e tecnologias na vigilância em saúde, as responsabilidades dos governos e o enfrentamento das iniquidades sociais. A ideia, segundo Ronald, é que as formulações e as propostas se transformem em políticas públicas e em orientação para gestores municipais e estaduais de saúde", acrescenta Ronald.

Um dos eixos considerados estratégicos trata da democracia e o fortalecimento do Sistema Único de Saúde. Os participantes do encontro cobraram o fim dos cortes de verbas destinadas ao SUS, como impõe a Emenda Constitucional 95. "As ações de assistência são diretamente relacionadas com a questão do financiamento, esse é o principal debate da defesa do SUS e da implementação de uma política nacional de vigilância em Saúde, principalmente com o advento desse movimento que rasgou a Constituição Federal", afirma o presidente do CNS.