Comissão externa da Câmara vai acompanhar investigações sobre Marielle

Marielle e seu motorista, Anderson Pedro Gomes, foi assassinada a tiros na Região Central do Rio de Janeiro na noite de quarta-feira (14). Homens em um carro emparelharam ao lado do veículo onde estava a vereadora e dispararam. Marielle foi atingida com pelo menos quatro tiros na cabeça.

“Eu autorizei [a comissão eterna]. Acho que é importante a Câmara participar também já que foi um assassinato brutal de uma parlamentar, municipal, mas uma parlamentar”, afirmou Maia após a sessão solene no plenário da Câmara em homenagem à vereadora solicitada pelos partidos Psol, PCdoB e PT.

Maia lembrou que, com a intervenção, os órgãos de segurança do Rio de Janeiro estão sob responsabilidade federal, portanto, cabe uma comissão externa para tratar desse assunto.

O presidente da Câmara reforçou a crítica feita há alguns dias sobre a falta de recursos pública federais para a segurança do estado.

“Eu sempre disse que a intervenção precisava do diagnóstico e do planejamento e da execução, que eram três fases. Como o próprio interventor disse que foi pego de surpresa, certamente ainda está terminando o planejamento”, cutucou Maia, agora pré-candidato à Presidência da República pelo DEM.

Ele afirmou ainda que a morte da vereadora poderá aumentar o clima de radicalização no debate sobre a segurança pública.

“Pode [ter impacto], pode radicalizar mais o tema da segurança pública. Eu espero que não. Eu espero que a gente caminhe para um equilíbrio”, afirmou.

Em sua conta no Facebook, Maia prestou solidariedade às famílias e acrescentou que exige, juntamente com os parentes das vítimas, justiça e paz. “Justiça para conter os autores dessa execução e paz para a sociedade carioca e brasileira”, concluiu.