A dívida é o maior problema

Em fevereiro de 2018 a dívida do Brasil chegou a 52% do PIB, mais da metade de tudo que produzimos. A 12ª maior do mundo.

Por Aluisio Arruda*

Dívida pública

Interessante notar que dependendo do governo, se comprometido ou não com os interesses do país e do povo, a dívida aumenta ou diminui, consequentemente melhorias ou problemas. Assim como em uma família, se a dívida é alta, gasta-se mais com juros e amortizações, e sobra menos recursos para despesas básicas. No caso do Brasil, menos dinheiro para educação, saúde, habitação, para geração de empregos e outros investimentos para o desenvolvimento do país e seu povo.

Os dados mostram essa realidade.

Nos governos Fernando Henrique do PSDB, de 1995 a 2002, a dívida pública saltou de 30% para 59,9% do PIB, uma elevação de 114%. O desemprego e as dificuldades aumentaram.

Nos governos Lula e Dilma, de 2003 a 2016 a dívida caiu, de 59,9% para 29,9%, uma redução de 29,9%. Sobrou dinheiro para investimentos, por isso o pais chegou a crescer até 7% ao ano, foram gerados mais empregos, a vida melhorou para todos os brasileiros.

No governo Temer em menos de 3 anos a dívida volta a subir sem parar, ultrapassando 52% do nosso PIB. Para garantir o pagamento dessa dívida aos Bancos, e outros rentistas, Temer e o Congresso aprovam o corte de gastos na saúde, educação e outros, por 20 anos. Aprova a Reforma Trabalhista, e briga para enfiar goela abaixo do povo a Reforma da Previdência. Mas os credores querem mais. Temer e seus partidos aliados implementam uma privatização sem precedentes. Entrega mais da metade da nossa maior riqueza, o Pré-Sal, permite a venda de mais de 50% da Embraer, venda de grandes áreas de terras para empresas estrangeiras, e prepara a toque de caixa a entrega da Eletrobras. Por enquanto.

Esses dados da nossa dívida, assim como a história do Brasil, mostram que todas as vezes que os interesses das nações, das multinacionais e dos rentistas que nos exploram, são contrariados, não vacilam em atacar a democracia e derrubar governos que defendem os setores populares e o país. Foi assim com Getúlio Vargas, perseguido implacavelmente até o suicídio, com João Goulart, no golpe militar de 1964, em 2016, através de um impeachment duvidoso com Dilma, e agora para impedir que os setores populares voltem ao poder, condenam Lula a toque de caixa e o aprisionam, enquanto dezenas de corruptos, inclusive o presidente Temer do MDB, do PSDB, e de outros partidos que o apoiam, continuam soltos.

Para tudo isso, os que exploram o povo brasileiro, sempre contaram com o apoio da maioria dos políticos corruptos, total apoio da mídia que sempre defendeu as elites e o capital estrangeiro, com setores equivocados e despolitizados do Judiciário, das forças armadas e infelizmente de grande parte da população, principalmente a classe média.

É duro, mas a história comprova, que será assim, até o dia em que a maioria do povo brasileiro se conscientizar que é preciso lutar contra a exploração, por melhores condições de vida e de trabalho, pela democracia, pela liberdade e em defesa da nossa pátria.