Cineasta e dramaturgo, Domingos de Oliveira morre no Rio

O ator e diretor Domingos Oliveira morreu neste sábado (23) no Rio de Janeiro, aos 83 anos. Segundo a Globo, emissora pela qual Domingos iniciou sua carreira nos anos 1960, ele estava em casa, no Leblon, quando se sentiu mal e não resistiu. Apesar de doente na última década – sofria de Mal de Parkinson – e com dificuldades para andar, o artista continuava trabalhando.

Domingos Oliveira

Dramaturgo, cineasta, ator e escritor se consagrou com produções de sucesso na TV, no teatro e no cinema. Com vasta produção na telona, são dele filmes como "Todas as mulheres do mundo" (1966), "Separações" (2002) e "Barata Ribeiro, 716" (2016). O primeiro, de 1966, é o filme de estreia de Domingos Oliveira, e até hoje o mais celebrado e premiado. Paulo José e Leila Diniz são os protagonistas do clássico. (Foto abaixo).

Em 1966, Domingos montou sua primeira peça de teatro, "Somos todos do jardim de infância", em espetáculo encenado na varanda do apartamento onde morava. Sucesso de crítica, a montagem lançou a atriz Leila Diniz, com quem Domingos era casado na época — mais à frente, a trama seria adaptada para a TV, como parte do programa "Caso especial" (1972), da Globo.

Dono de mais de 120 obras ao longo da carreira no teatro, no cinema e na TV, ele lançou em 2016 a autobiografia "Vida minha" (Record), com muitas páginas dedicadas às mulheres que marcaram sua existência, mas também a lances emocionantes, como a descoberta do mal de Parkinson, que o acompanhava há mais de duas décadas.

O artista deixa a mulher, Priscilla Rozembaum, com quem esteve casado durante 38 anos, e quatro filhos — Maria Mariana, Daniele de Oliveira, Frederico de Oliveira e Igor de Oliveira.

O velório aconteceu ainda no sábado, o enterro acontece neste domingo, no Cemitério São João Batista, em Botafogo, no Rio