Ciro Gomes diz que governador do Ceará “tem que ser alguém que nunca foi”

O ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes (PSB), disse que irá conversar com o presidente Lula antes de deixar a pasta, como pediu seu partido. “Eu disse a eles (correligionários) que não podia concordar imediatamente porque dependia de uma reflexão q

A declaração foi dada durante sessão especial da Assembléia Legislativa, que teve palestra do presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PCdoB), sobre "Parlamento, Democracia e Desenvolvimento Nacional".

Ao ser questionado se já existia um nome para o substituir na pasta, o ministro disse que a escolha é exclusiva do presidente Lula. Ciro é um dos cotados para ser candidato a vice de Lula nas eleições deste ano, mas minimiza a discussão. O ministro disse que seu desejo eleitoral é "talvez pedir ao povo do Ceará oportunidade para representá-lo como deputado federal".

O ministro garantiu que não há constrangimento caso o seu grupo, historicamente ligado aos tucanos no Ceará, tome um rumo diferente do grupo do senador Tasso Jereissati (PSDB). Ciro lembrou que, em 1998, foi candidato a presidente contra Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Segundo o ministro, na época, Tasso conversou com ele para dizer que teria que apoiar FHC.

Ciro contou que não tomará qualquer decisão sem conversar antes com Tasso. "Eu não daria nenhum passo aqui sem uma conversa franca, fraterna e direta com ele", declarou. Irmão de Ciro, o ex-prefeito de Sobral Cid Gomes será o provável adversário do governador Lúcio Alcântara na disputa ao governo.

"Governador tem que ser alguém que nunca foi", disparou Ciro, ao negar a possibilidade dele se candidatar a governador do Estado. Ele argumentou que as conversações hoje estão em "banho maria". "Na legislação, a verticalização fica ou sai? Isso não é trivial", afirmou.

Aproveitando a visita à Assembléia, Ciro conversou a portas fechadas com seus correligionários no gabinete do irmão Ivo Gomes (PSB), deputado estadual. Estavam presentes os deputados Mauro Filho, José Albuquerque, Antônio Granja, Welington Landim e José Sarto.

O ministro disputou a atenção com o presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo, que ministrou palestra durante sessão na Assembléia e aproveitou para assinar um pacto de cooperação entre a TV Câmara, de Brasília, e a TV Legislativa, do Ceará. Na ocasião, o presidente da Câmara negou a existência de um "acordão" para a absolvição de deputados federais acusados de participação no escândalo do mensalão.

"Não tem como se fazer acordo na Câmara sem que as pessoas fiquem sabendo. Não consegui identificar a questão porque um acordo para absolver ou para passar tem que envolver pelo menos 257 deputados", argumentou. Antes de sua visita à Assembléia, Rebelo se encontrou com a prefeita Luizianne Lins (PT).

Fonte: O Povo