Brasil elogia decisão do BID de facilitar empréstimos

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) vai se tornar mais flexível na concessão de empréstimos aos países da América Latina e do Caribe. A decisão beneficia os países mais pobres e deve facilitar o acesso de pequenas e médias empresas aos emprést

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) vai se tornar mais flexível na concessão de empréstimos aos países da América Latina e do Caribe. A decisão beneficia os países mais pobres e deve facilitar o acesso de pequenas e médias empresas aos empréstimos. Para o governo brasileiro, este foi o maior avanço da 47ª Reunião Anual de Governadores do BID. O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, que representa o Brasil no BID e presidiu a assembléia de governadores, ressaltou que as mudanças na estrutura do banco vão eliminar algumas exigências e que países com dificuldades econômicas ou restrições fiscais poderão tomar financiamentos.
Segundo ele, nos últimos anos, o volume de recursos emprestados pelo BID diminuiu devido à situação financeira de vários países, inclusive o Brasil, mas agora, com alterações na forma de operação do banco, os aportes poderão voltar a ser feitos na mesma intensidade. "Deixamos de tomar empréstimos na mesma intensidade durante algum tempo por causa de restrições fiscais e dificuldades econômicas. Agora, na medida em que o banco faz essas alterações, os países da região terão mais condições de conseguir os financiamentos", acrescentou o ministro.
Próxima reunião
Entre os avanços para o Brasil, Paulo Bernardo citou os convênios com o BID para os programas de modernização dos tribunais de contas dos Estados (Promoex); de modernização da gestão dos Estados; e para os municípios de pequeno e médio portes investirem em infra-estrutura (Procidades). Sobre o perdão da dívida de cinco países da América Latina com o BID, o ministro informou que o assunto será discutido por um comitê de governadores, presidido por ele, cuja primeira reunião deve ser realizada ainda neste mês. A expectativa é que, até o final do ano, o grupo apresente uma solução. Haiti, Bolívia, Guiana, Honduras e Nicarágua devem ao banco US$ 3,5 bilhões.

Indagado sobre a ausência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no encontro, o ministro disse que, logo depois do encerramento da reunião, Lula telefonou para o presidente do BID, Luis Alberto Moreno, mas a ligação caiu. "Gostaríamos que ele tivesse vindo. Ele tentou ligar, mas aqui não temos um bom sinal para os celulares. Ficamos sentidos. De qualquer maneira, tivemos uns dez ministros. O governo federal veio para cá e, para nós, esse encontro foi extremamente importante", afirmou. Luis Alberto Moreno completou dizendo que "o presidente Lula e seu governo tem um grande compromisso com o BID. E isso é o que importa".  A próxima reunião do BID será na Guatemala.

 Com agências