Datafolha e Sensus divulgam pesquisas nos próximos dias

O Datafolha e o Sensus divulgarão nos próximos dias os resultados das mais recentes pesquisas eleitorais de abrangência nacional. O Datafolha colheu as opiniões dos eleitores ontem (6) e hoje (7) e deve publicar os números na edi&ccedi

Os institutos Datafolha e Sensus divulgarão nos próximos dias os resultados das mais recentes pesquisas eleitorais de abrangência nacional. O Datafolha colheu as opiniões dos eleitores ontem (6) e hoje (7) e deve publicar os números na edição de domingo do jornal Folha de S. Paulo. Na capital paulista, a edição de domingo costuma ser distribuída aos jornaleiros na véspera, portanto é possível que os números do Datafolha sejam divulgados pela Internet ainda neste sábado.

Já o instituto Sensus, cuja pesquisa foi encomendada pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) e ocorreu entre os dias 3 e 6 de abril, deve divulgar os resultados na terça-feira (11) para o conjunto da imprensa.

Ambas as pesquisas estão sendo muito aguardadas, tanto pelo Governo como pela oposição.

Últimos resultados

A última pesquisa Datafolha, divulgada em 18 de março, mostrou que as intenções de voto de Lula tinham se estabilizado, mas o petista mantinha distância folgada do segundo colocado, o ex-governador Geraldo Alckmin. Lula aparecia com 42% (perdeu 1 ponto em relação a fevereiro) e Alckmin 23% (tinha 17% no mês anterior). Na pesquisa Ibope divulgada alguns dias antes, Lula vencia Alckmin por 43% a 19% e, em um hipotético segundo turno, por 49% a 31% – uma confortável diferença de 18 pontos.

Já a última pesquisa CNT/Sensus, divulgada em 14 de fevereiro, trazia o presidente Lula com liderança folgada na corrida presidencial contra todos os adversários. No período em que a pesquisa foi realizada (dias 6 a 9/2), Alckmin ainda não havia sido oficialmente declarado o candidato do PSDB à presidência. Para o primeiro turno, os entrevistados responderam a cinco listas, nas quais, além de Lula, constavam José Serra (PSDB), Geraldo Alckmin (PSDB), Aécio Neves (PSB), Anthony Garotinho (PMDB), Germano Rigoto (PMDB), Heloísa Helena (Psol), José Maria Eymael (PDC) e Roberto Freire (PPS). Nesta série, a intenção de voto no petista em fevereiro variou de 35,8% a 42,5%.

A CNT/Sensus também solicitou que os pesquisados respondessem espontaneamente em quem votariam no primeiro turno. Neste cenário, Lula obteve em fevereiro 30%, contra 10% de Serra, 3.8% de Alckmin e 1,8% de Garotinho. Em novembro de 2005, data da pesquisa anterior, a seqüência era, respectivamente, 19,4%, 7,2%, 3.6% e 2,1%.

A grande recuperação de Lula, no entanto, se deu nas simulações de segundo turno. Em novembro de 2005, Serra venceria Lula por 41,5% a 37,6%. Em fevereiro, a relação se inverteu, com ampla vantagem para o petista: Lula tinha 47,6% e Serra 37,6%, diferença de dez pontos percentuais. Contra os demais tucanos apresentados, o presidente não só manteve a dianteira como aumentou a diferença. Venceria Alckmin por 51,3% a 29,7% e Aécio por 55,7% a 23%.

Os números irritaram a oposição, que chegou a questionar publicamente a idoneidade da pesquisa.

O que vem por aí

A próxima rodada (81ª) da CNT/Sensus, que ouviu 2 mil pessoas em 195 municípios, no período de 03 a 6 de abril, será divulgada nesta terça-feira (11/4), com a avaliação do desempenho pessoal do presidente Lula e a preferência eleitoral diante de uma lista de possíveis candidatos a presidente da República, e opções de segundo turno nas eleições deste ano.

A pesquisa quis saber também a opinião dos entrevistados sobre a verticalização nas eleições de outubro, e se são a favor da reeleição para presidente da República governadores e prefeitos.

A pesquisa também vai trazer uma avaliação sobre o caso do caseiro e a imagem do governo depois desse episódio. Vai avaliar ainda os resultados das CPIs no Congresso, o peso da carga tributária, invasões do MST, e qual o principal problema brasileiro para o qual o próximo presidente deverá buscar uma solução. Os entrevistados opinaram também sobre saúde, educação, pobreza e violência no País.

A partir dos resultados destes levantamentos, será possível avaliar o tamanho do estrago —se é que ele houve— causado pela campanha difamatória que a oposição e a grande imprensa promoveram contra as principais figuras do governo Lula a partir do episódio da quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa.

Também é possível que as pesquisas Datafolha e Sensus já tragam os primeiros reflexos das denúncias de corrupção que atingiram recentemente o candidato tucano à presidência, Geraldo Alckmin.

Da redação,
Cláudio Gonzalez

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