Governo avalia possibilidade de conceder moratória à Varig

O governo avalia até com certa simpatia a possibilidade de conceder, por um prazo de até seis meses, a moratória pedida pela Varig. A idéia é suspender as cobranças das dívidas da empresa com a Infraero, estatal que administra os aeroportos, e a BR Distri

Alguns integrantes do primeiro escalão advertem que o governo pode ser acusado de descumprir a lei e sofrer ações do Ministério Público. Também temem que outras companhias aéreas passem a exigir o mesmo tratamento dispensado à Varig. Pesa a favor da moratória o receio das conseqüências políticas do fechamento de uma empresa que emprega 11 mil funcionários. Também assusta a provável repercussão negativa do cancelamento das mais 20 mil passagens expedidas pela Varig para brasileiros que pretendem assistir aos jogos da Copa do Mundo da Alemanha, em junho.
A proposta de moratória foi apresentada pela Varig ao ministro da Defesa, Waldir Pires, na última sexta-feira. No dia anterior, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, encarregada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva de cuidar do problema, se reuniu com representantes da Varig e com os seus principais credores no Palácio do Planalto.
Nesta ocasião, chegou-se à conclusão de que o melhor seria ou a empresa pedir falência ou algum de seus credores apresentarem seu pedido. Para esta semana, o presidente Lula deve receber um estudo detalhado da situação da empresa. A própria ministra Dilma disse que a expectativa é de que no início da semana que vem, seja concluída esta avaliação minuciosa, para que se saiba quais os próximos passos a serem dados. Estes dados incluirão balanço das dívidas e situação de pagamentos para cada uma das estatais. Só à Infraero a Varig está deixando de pagar, diariamente, R$ 900 mil referentes aos pousos e decolagens em todo o país.
As informações são da
Agência Estado