O presidente Luiz Inácio Lula da Silva atacou a oposição e afirmou que o PT trouxe a mudança para o País. Em discurso na cidade de Salto, no interior de São Paulo, Lula afirmou que em 2002 o Brasil foi transformado com a chegada dele na Presidência.
"Em 2002, derrotamos aqueles que governavam desde a época de Cabral. É a mesma gente. Se você pegar a árvore genealógica, vai ver que são quase tudo a mesma coisa. Nós trouxemos a diferença e isso os deixa inconformados", afirmou Lula.
O presidente rebateu as críticas sobre a má administração do seu governo e disse que não se entregará com as denúncias que aliados seus vem sofrendo. "Eles (oposicionistas) ficam torcendo, até rezando para não dar certo. Mas não vai acontecer. Apanhei muito e aprendi, como é que se faz as coisas. E portanto nós vamos enfrentar a situação com a mesma sobriedade que enfrentamos momentos miito mais difíceis. E, se Deus quiser, vocês vão ver o que vai acontecer no final do ano".
O presidente foi à cidade do interior paulista para verificar as futuras instalações do Centro Federal de Educação Tecnológica (CEFET) de Salto. No local, ele participou da cerimônia de assinatura de termos de compromisso para transferência de convênios entre instituições de segmento comunitário e o CEFET.
Antes da passagem por Salto, Lula visitou a fábrica da Companhia Brasileira de Alumínio, do empresário Antônio Ermírio de Morais, e depois foi a Sorocaba para a cerimônia de início das obras do campus avançado da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
Em Sorocaba, Lula também criticou a postura agressiva da oposição. Para Lula, que classificou de "mesquinhas" algumas pessoas as quais preferiu não nomear, os resultados positivos do governo em diversas áreas são provas de uma boa gestão.
Na opinião do presidente, os ataques que ele tem sofrido da oposição resultam do incômodo causado a seus adversários pelo crescimento econômico que o País tem passado nos últimos anos. "O que deixa a oposição nervosa é o crescimento da economia. São 176 mil novas vagas com carteira assinada só em fevereiro. Os empregos e as vagas nas universidades estão aparecendo. As pessoas estão comprando arroz e sacos de cimento pela metade do preço do que pagavam antes. Falta muito, eu sei, mas em quatro anos vamos fazer mais do que eles fizeram em 50 anos", disse Lula, em seu discurso em Sorocaba.
Segundo Lula, prova de que o País está em rota de crescimento econômico é o fato de 176 mil empregos com carteira assinada terem sido criados em fevereiro deste ano, "o mês mais fraco do ano para a geração de emprego". "E, em março, vai crescer muito mais", acrescentou."
O presidente, que durante a cerimônia usou os bonés do São Bento, time de futebol da região, e da Rede Solidária de Cooperativas de Reciclagem, voltou a falar sobre os números de vagas criadas no programa expansão das universidades federais. Segundo ele, só em São Paulo nos últimos 14 meses, 63 mil jovens ingressaram nas universidades. Em todo o país, também nesse período, o número chega a 204 mil novos estudantes. O presidente Lula fez questão de destacar que, desse total, 40% são afrodescendentes. " São negros e negras marginalizados que estão tendo a oportunidade de estudar. E eu sei o que vale para um pai e para uma mãe ver o filho entrar para a universidade", disse Lula.
Briga na platéia
Ao iniciar seu discurso, o presidente reprovou a atitude de manifestantes que entraram em confronto com um grupo de estudantes. "É extremamente desagradável para um presidente, quando ele visita uma obra, e percebe que disputas políticas estão tomando conta do evento", disse ele.
A confusão envolveu integrantes do PT e da CUT, e estudantes que reclamavam da falta de livros, laboratórios equipados e professores.
Na entrada, os seguranças tiraram dos estudantes os apitos que eles levavam. Ao se aproximar da tenda onde estava Lula, os universitários passaram a gritar palavras de ordem. 'Abaixo a repressão, queremos nosso apito na mão'.
Os trabalhadores revidaram: 'Abaixo a burguesada, quem manda aqui é a peãozada'.
O sindicalista Francisco José Ferreira, ligado ao Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba, afirmou que os integrantes da CUT estavam acompanhando Lula na viagem à região. Ele afirmou que os estudantes é que iniciaram a agressão.
O estudante Reinaldo César, que integra o diretório acadêmico da universidade, afirmou que os metalúrgicos começaram a agredir os estudantes por causa da manifestação contra Lula.
O presidente estava numa área reservada e não presenciou a confusão.
Da redação,
com informações das agências