Encontro defende filiação da CSC à FSM

O 6° Encontro Nacional da Corrente Sindical Classista (CSC), que ocorre na cidade de Aracaju, Estado do Sergipe, debateu na manhã desta terça-feira (18) a conjuntura internacional. O tom foi o de de fortalecer a Federação S

João Batista Lemos, coordenador nacional da CSC, apresentou a proposta de filiar a CSC à FSM, que foi amplamente apoiada pelo plenário. "Debatemos o assunto na direção da CSC e a proposta foi aprovada, com entusiasmo, por unanimidade", disse ele. Batista destacou, em sua intervenção, a necessidade de o movimento sindical ter uma visão ampla, sem abrir mão de princípios e estratégias, sobre o combate à "globaliação" neoliberal. O coordenador da CSC lembrou que as posturas da Confederação Internacional de Organizações Sindicais Livres (Ciols) empurram o sindicalismo classista para a FSM. "Dentro da Ciols, no entanto, existem centrais importantes, que podem se somar à luta antiimperialista", dise ele.

Daí a porposta da CSC de criar um fórum sindical mundial, que poderia começar pelas américas, tendo em vista essa unidade mundial no combate ao neoliberalismo. "A Organização Regional Internacional dos Trabalhadores (Orit), ligada à Ciols, não dá conta dessa tarefa", destacou Batista. Temos de seguir o exemplo da Central de Trabalhadores Argentinos (CTA), que vem puxando uma importante ação de unidade em torno da FSM", afirmou. Batista lembrou ainda a atitude da Ciols perante a recente greve dos metroviários de Nova York, Estados Unidos. "Enquanto esta central vive se imiscuindo em assuntos que não são da sua alçada, como a criação de comissões de fiscaliazação do sindicalismo de CUba e da China, se omite diante do absurdo que é a imposição de penas, sobretudo pecuniárias, aos trabalhadores novaiorquinos", afiormou.

Métodos

 

No debate, representantes estrangeiros defenderam a mesma posição. Carmen Godínes, da Central de Trabalhadores Cubanos (CTC), ressalvou, no entanto, que a FSM precisa renovar seus métodos — e está trabalhando para isso, observou — para ser um efetivo instrrumento de luta dos trabalhadores. Ela disse que as opiniões do Encontro da CSC refletem um anseio das forças democráticas por uma ação unitária do movimento sindical contra a ofensiva imperialista. Para ela, experiências como as cubana e venezuelana, claramente contrárias à Alca, não são toleradas pelo regime norte-americano. E a decisão da CSC de propor a filiação à FSM é um apoio a essas experiências. "Daqui sairão formas concretas e objetivas de lutas progressistas, e a fliação da CSC à FSM é um passo importantre nessa direção" destacou ela.

A mesa, coordenada pelo dirigente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da CSC, Pascoal Carneiro, e pela dirigente sindical Valéria Silva — da CSC do Estado de Prernambuco — contou ainda com a participação de Ramon Cardona, secretário para a América Latina da FSM, e do representante da Secretaria de Relações Internacionais da CUT, Rafael Freire. Batista leu uma saudação da Frente de Trabalhadores em Energia (FTE), do México, e destacou que pontos importantes do documento defendem a unidade do movimento sindical.  A FTE apóia, por exemplo, a proposta de criação do fórum sinidical unitário, a construção de uma central latino-americana e um programa mínimo de lutas pelos direitos dos trabalhadores em âmbito mundial.

De Aracaju,
Osvaldo Bertolino