Israel prorroga restrições a físico dissidente

O físico dissidente Mordechai Vanunu, que denunciou o programa atômico militar israelense na década de 1980, continua por mais seis meses proibido de sair do país e de se encontrar com estrangeiros, de acordo com nota publicada pelo ex&eacute


 

As autoridades israelenses prolongaram por seis meses as restrições que impedem o físico dissidente Mordechai Vanunu de deixar o país e de se encontrar com cidadãos estrangeiros, informou a mídia israelense.

O Comando do Exército israelense notificou o advogado de Vanunu que prorrogou por mais seis meses as limitações impostas a seu cliente desde sua saída da prisão.

O físico foi libertado há dois anos e foi proibido de se reunir com estrangeiros e de sair do país por dois anos, prazo que se encerra em maio. De acordo com a nota entregue ao advogado, a proibição foi ampliada por seis meses.

Vanunu foi encarcerado por 18 anos, depois que denunciou, a jornais britânicos, as atividades nucleares militares deIsrael. Em 1986 Vanunu foi seqüestrado pelo serviço secreto israelense (Mossad) na Itália, levado para Israel e julgado por um tribunal militar local.

Vanunu expôs ao mundo o que os serviços secretos britânicos e americanos já sabiam há anos e que jamais haviam revelado. Soube-se então que Israel possuía poder nuclear suficiente para fabricar bombas atômicas. Estados Unidos e as potências européias jamais fizeram qualquer alarde sobre o fato e não houve protestos formais no Conselho de Segurança da ONU por parte desses países contra o programa nuclear israelense de fabricação de armas atômicas.

Com agências internacionais