Lula monta agenda de trabalho com oposição na defensiva

O jogo político em torno da instalação ou não de uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), apresentada pelo senador Almeida Lima (PMDB-SE), e a movimentação do Presidente Lula para definir s&ea

O presidente Lula cumpriu agenda de reunião com os ministros que integram o grupo de coordenação política, nesta segunda-feira (24), para discutir projetos que devem ser encaminhados ao Congresso nos próximos dias.

Foram discutidas as propostas de reforma universitária, de incentivo ao esporte amador e de venda fracionada de remédios. Participaram da reunião o vice-presidente José Alencar e os ministros Márcio Thomaz Bastos (Justiça), Dilma Rousseff (Casa Civil), Luiz Dulci (Secretaria Geral) e Tarso Genro (Relações Institucionais).

O porta-voz da Presidência, André Singer, disse, em pronunciamento após a reunião, que o governo tem se esforçado para que o Legislativo vote propostas de interesse do Planalto já em tramitação, como o projeto do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), a lei de micros e pequenas empresas, a ampliação de empresas que podem aderir ao imposto simples, da unificação das receitas Federal e Previdenciária e de projetos que atualizam a legislação de combate à violência sexual contra crianças.

Para contrariar o governo, os oposicionistas se apressaram em dizer que a agenda de votações no Congresso proposta pelo Planalto dificilmente será cumprida, porque em época de Copa do Mundo e de eleição, os parlamentares não costumam bater ponto com freqüência no Senado e na Câmara, afirmam.

Na defensiva

Os líderes da oposição começaram a semana na defensiva. O PSDB informou ter ingressado no sábado (22), no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com uma representação contra a campanha publicitária da Petrobrás. Os tucanos querem punir o presidente Lula, que vestiu o uniforme da estatal para comemorar o lançamento da plataforma que garante a auto-suficiência do país na produção do petróleo.

Os líderes da oposição começaram a semana na defensiva. O PSDB informou ter ingressado no sábado (22), no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com uma representação contra a campanha publicitária da Petrobrás. Os tucanos querem punir o presidente Lula, que vestiu o uniforme da estatal para comemorar o lançamento da plataforma que garante a auto-suficiência do país na produção do petróleo.

Com relação as ameaças de novas investigações dificilmente receberão aval do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que neste terça-feira deve se manifestar sobre a instalação da nova CPI. A expectativa é de que ele remeta a discussão à Comissão de Constituição e Justiça, do Senado, para avaliar a constitucionalidade da proposta. A ninguém interessa uma nova CPI e tampouco o impeachment de Lula, que desfruta do apoio de mais de 40% da população.
O PSDB e PFL também estão às voltas com o impacto negativo do noticiário de final de semana, que mencionava problemas com a candidatura de Geraldo Alckmin e divisões no PFL. O prefeito do Rio de Janeiro, César Maia (PFL), chegou a falar sobre a possibilidade do Partido concorrer sozinho para garantir melhores condições nas eleições estaduais.

Bastos no Senado

A oposição também está sem novidades na crise política. Espera encontrar condições para votar o requerimento de convocação do ex-presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Jorge Mattoso. Nos últimos dias, os governistas conseguiram evitar a convocação. A estratégia é dificultar as iniciativas dos oposicionistas, inclusive em relação à nova tentativa de levar o ministro da Justiça, Thomaz Bastos, ao plenário do Senado.

A oposição também está sem novidades na crise política. Espera encontrar condições para votar o requerimento de convocação do ex-presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Jorge Mattoso. Nos últimos dias, os governistas conseguiram evitar a convocação. A estratégia é dificultar as iniciativas dos oposicionistas, inclusive em relação à nova tentativa de levar o ministro da Justiça, Thomaz Bastos, ao plenário do Senado.

Semana passada, Bastos compareceu à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), da Câmara, onde falou por mais de sete horas para esclarecer a participação dele no episódio da quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa. Os governistas consideram o caso encerrado, mas a oposição quer votar requerimento para o comparecimento de Bastos no plenário do Senado.

De Brasília
Márcia Xavier
Com agências