Deputado José Mentor divulga nota à imprensa

O deputado José Mentor (PT-SP) divulgou, nesta terça-feira (25), nota à imprensa com relação as denúncias divulgadas pela imprensa sobre sua atuação nos trabalhos da CPMI do Banestado. José Ment


Na nota Mentor afirma que não protegeu “absolutamente ninguém na CPMI do Banestado e em nenhuma outra circunstância. Nunca, em hipótese alguma, recebi qualquer valor pelos trabalhos realizados na CPMI ou em qualquer outra ocasião”, diz o texto. Ele refuta as acusações as quais considera absurdas.

Leia abaixo a íntegra da nota:


Nota para Imprensa

Com relação às denúncias que foram veiculadas nos veículos de comunicação, envolvendo meu nome pela atuação na CPMI do Banestado, da qual fui relator, tenho a esclarecer:

Não protegi absolutamente ninguém na CPMI do Banestado e em nenhuma outra circunstância; Nunca, em hipótese alguma, recebi qualquer valor pelos trabalhos realizados na CPMI ou em qualquer outra ocasião;

Refuto categoricamente a acusação, frisando que se trata de um absurdo.

A CPMI investigou os doleiros em conjunto com a Polícia Federal e a força-tarefa de Curitiba; Os doleiros têm motivos suficientes para quererem me prejudicar, afinal, foi através de uma proposta minha que se obteve a quebra de sigilo internacional da conta Beacon Hill nos EUA, onde grande parte dos doleiros brasileiros operava.

A Polícia Federal desenvolveu, em conjunto com a CPMI do Banestado, a êxitosa operação Farol da Colina, que resultou na prisão de vários doleiros.

Essa é a segunda tentativa dos mesmos doleiros citados de me incriminar. Richard Andrew de Mol van Oterloo e Vivaldo Alves tiveram os sigilos fiscal e bancário quebrados por conta dos trabalhos da CPMI do Banestado e estão citados no anexo do relatório. Portanto não é verdade que tenham sido preservados, como nenhuma pessoa jamais foi.

Estranha-me o fato do procurador-geral de São Paulo ter encaminhado, diretamente ao Supremo Tribunal Federal, Procuradoria-geral da República e Câmara Federal, o depoimento de uma única pessoa – presa e condenada – sem seguir o trâmite normal, sem sequer ter feito nenhum pedido de esclarecimento ou solicitado que eu fosse ouvido. Trata-se, portanto, de um comportamento inusitado.

Mais estranho ainda é que esse encaminhamento tenha chegado à Câmara no dia 19 de abril, mesmo dia em que meu processo foi votado em plenário. O objetivo claro dessa invencionice era prejudicar-me na votação, visto que inicialmente essa estava prevista para o dia 26.

Tenho a consciência tranqüila do dever cumprido com meu trabalho na CPMI do Banestado. O relatório final e a documentação enviada ao Ministério Público foram absolutamente justos, citando quem deveria ser citado, sem qualquer influência e sem atender interesse diferente daquele que norteou meu trabalho: o da Justiça. Esta é a verdade!

Deputado José Mentor