Deputado José Mentor divulga nota à imprensa
O deputado José Mentor (PT-SP) divulgou, nesta terça-feira (25), nota à imprensa com relação as denúncias divulgadas pela imprensa sobre sua atuação nos trabalhos da CPMI do Banestado. José Ment
Publicado 25/04/2006 22:09
Na nota Mentor afirma que não protegeu “absolutamente ninguém na CPMI do Banestado e em nenhuma outra circunstância. Nunca, em hipótese alguma, recebi qualquer valor pelos trabalhos realizados na CPMI ou em qualquer outra ocasião”, diz o texto. Ele refuta as acusações as quais considera absurdas.
Leia abaixo a íntegra da nota:
Nota para Imprensa
Com relação às denúncias que foram veiculadas nos veículos de comunicação, envolvendo meu nome pela atuação na CPMI do Banestado, da qual fui relator, tenho a esclarecer:
Não protegi absolutamente ninguém na CPMI do Banestado e em nenhuma outra circunstância; Nunca, em hipótese alguma, recebi qualquer valor pelos trabalhos realizados na CPMI ou em qualquer outra ocasião;
Refuto categoricamente a acusação, frisando que se trata de um absurdo.
A CPMI investigou os doleiros em conjunto com a Polícia Federal e a força-tarefa de Curitiba; Os doleiros têm motivos suficientes para quererem me prejudicar, afinal, foi através de uma proposta minha que se obteve a quebra de sigilo internacional da conta Beacon Hill nos EUA, onde grande parte dos doleiros brasileiros operava.
A Polícia Federal desenvolveu, em conjunto com a CPMI do Banestado, a êxitosa operação Farol da Colina, que resultou na prisão de vários doleiros.
Essa é a segunda tentativa dos mesmos doleiros citados de me incriminar. Richard Andrew de Mol van Oterloo e Vivaldo Alves tiveram os sigilos fiscal e bancário quebrados por conta dos trabalhos da CPMI do Banestado e estão citados no anexo do relatório. Portanto não é verdade que tenham sido preservados, como nenhuma pessoa jamais foi.
Estranha-me o fato do procurador-geral de São Paulo ter encaminhado, diretamente ao Supremo Tribunal Federal, Procuradoria-geral da República e Câmara Federal, o depoimento de uma única pessoa – presa e condenada – sem seguir o trâmite normal, sem sequer ter feito nenhum pedido de esclarecimento ou solicitado que eu fosse ouvido. Trata-se, portanto, de um comportamento inusitado.
Mais estranho ainda é que esse encaminhamento tenha chegado à Câmara no dia 19 de abril, mesmo dia em que meu processo foi votado em plenário. O objetivo claro dessa invencionice era prejudicar-me na votação, visto que inicialmente essa estava prevista para o dia 26.
Tenho a consciência tranqüila do dever cumprido com meu trabalho na CPMI do Banestado. O relatório final e a documentação enviada ao Ministério Público foram absolutamente justos, citando quem deveria ser citado, sem qualquer influência e sem atender interesse diferente daquele que norteou meu trabalho: o da Justiça. Esta é a verdade!
Deputado José Mentor